A Mitsubishi fez mistério ao revelar seu próximo SUV destinado aos mercados do Sudeste Asiático, América Latina, Oriente Médio e África, mas, enfim, conhecemos seu nome. O Xforce é baseado no conceito XFC e traz um motor 1.5 aspirado, além de configurações pensadas especialmente para atender o público das regiões que será vendido.
Se você se lembra do conceito, vai reparar que o design quase não mudou para a versão de produção. É possível reparar que os vincos do capô e a linha de cintura, assim como o vinco que marca os para-lamas permanece inalterado. O que muda são os retrovisores, que são espelhos comuns em vez das câmeras, e as rodas de 18’’, que ganharam um design bem menos futurista.
Na dianteira, a grade ganhou nova decoração, com barras horizontais cromadas. O para-choque foi quase totalmente alterado, ganhando um desenho mais aventureiro e perdendo as luzes de led que formavam losangos na parte inferior. Os faróis permanecem os mesmos.
Na traseira, as coisas mudaram menos. As luzes de led permanecem com a forma de T, mas o para-choque mudou. Assim como na dianteira, os leds hexagonais, que aqui simulavam saídas de escape, foram retirados, embora a sua estrutura tenha sido mantida, mas apenas com a peça de plástico.
Um dos diferenciais do Xforce é a sua regionalização. Para enfrentar as condições climáticas que favorecem as enchentes, a Mitsubishi preparou um SUV com altura “líder do segmento”. São 22,2 cm de altura em relação ao solo, superando, por exemplo, os 20,5 cm do Volkswagen T-Cross. Além disso, ele tem uma suspensão especialmente projetado para trazer conforto em estradas esburacadas ou de terra, comuns do Sudeste Asiático — e no Brasil também.
Suas outras medidas são 4,39 m de comprimento, 1,81 m, de largura e 1,66 m de altura, sendo bem maior em todos os sentidos que o Mitsubishi ASX, a versão japonesa do Renault Captur vendido na Europa. Também é maior que o Nissan Kicks e que o último ASX (ou Outlander Sport) vendido no Brasil.
O que muito se falou também é o modo de condução exclusivo para enfrentar enchentes, comuns na Indonésia, país onde o SUV foi lançado primeiro. Mesmo tendo apenas tração dianteira, o Xforce utiliza do modo Wet (molhado) e do sistema Active Yaw Control (AYC), que controla as forças motrizes e de travagem entre as rodas para direcionar com precisão o torque do motor, para passar por qualquer terreno que esteja alagado.
Por falar em motor, o 1.5 do aspirado do Xforce teve seus números revelados: são 105 cv de potência e 14,37 kgfm de torque. Como dito, a tração é exclusivamente dianteira e o câmbio é do tipo CVT.
Por dentro, o Xforce traz telas integradas de 8’’ para o quadro de instrumentos digital e 12,3’’ para a central multimídia. Há também sistema de som Dynamic Sound, da Yamaha, com 8 alto-falantes. A cabine também dispõe de um carregador sem fio, além de portas USB e suportes para smartphone nas duas fileiras. O acabamento do SUV é feito com tecido “mélange”, que segundo a marca é resistente à manchas.
OX Force chega primeiro à Indonésia em duas versões: Exceed, que custa o equivalente a cerca de R$ 122.230, e Ultimate, por aproximadamente R$ 134.000. Posteriormente, o SUV deverá ser enviado para outros mercados. O Brasil é um forte concorrente, mas ainda não há confirmação de sua chegada por aqui.