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Jeep Grand Cherokee 4xe chega por R$ 569.990 de olho em Volvo e Porsche

Jeep mais caro do Brasil, Grand Cherokee 4xe não empolga pela mecânica híbrida, mas sim pelo conforto, tecnologia e capacidade off-road

Por Eduardo Passos
Atualizado em 9 out 2023, 09h29 - Publicado em 9 out 2023, 09h03
Grand Cherokee 4xe é o novo Jeep mais caro do Brasil
Grand Cherokee 4xe é o novo Jeep mais caro do Brasil (Divulgação/Jeep)
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Depois de um crescimento impressionante no Brasil, impulsionado por SUVs compactos e médios, a Jeep volta a apostar em uma de suas especialidades: os utilitários grandes. A quinta geração do Jeep Grand Cherokee estreia hoje no mercado nacional, com itens (e preço) que o coloca brigando com gente grande.

O Grand Cherokee 4xe chega em lote inicial de 150 unidades, todas na mesma versão. Além do motor 2.0 turbo que estreou na Ram Rampage, há dois motores elétricos, com destaque para o que movimenta o eixo traseiro. Ao todo, são 380 cv e 65,0 kgfm, com tração integral e modos de condução híbridos, elétricos e a combustão.

Visual passa longe do off-road, mas vocação está presente
Design é sóbrio e segue estilo geral da marca (Divulgação/Jeep)

A mecânica híbrida somada aos 4,91 m de comprimento e farta lista de equipamentos ajuda a explicar o valor de R$ 569.990. Os executivos da marca afirmam publicamente que seu grande rival é o Volvo XC90, com possibilidade de concorrer, também, com os BMW X5 e X6 e até a zona cinza entre os Porsche Macan e Cayenne, entre outras opções.

São 4,91 m de comprimento, 2,96 m de entre-eixos e 1,97 m de largura, com cinco lugares
São 4,91 m de comprimento, 2,96 m de entre-eixos e 1,97 m de largura, com cinco lugares (Divulgação/Jeep)

Espaço de sobra

Apesar do tamanho bem superior ao de um Toyota SW4, por exemplo, o Grand Cherokee busca oferecer conforto amplo a cada ocupante, de modo que oferece somente cinco assentos.

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Fartura: são mais de 50″ de telas (Divulgação/Jeep)

Todos têm tratamento de carro executivo, com direito a assentos aquecidos, oito saídas USB (quatro USB-A, quatro USB-C), revestimento em couro e material que imita madeira ao redor da cabine, vidros acústicos e até sistema de cancelamento ativo de ruídos, executado através do som de alta fidelidade da Alpine.

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Bancos dianteiros têm ajustes elétricos, ventilação e aquecimento (Divulgação/Jeep)

O painel se destaca por trazer mais de 50” de telas, incluindo o quadro de instrumentos digital (10,25”), central multimídia (10,1”), head-up display (10”) e retrovisor digital (11,8”). Nada se destaca tanto, porém, quanto à segunda multimídia, que fica sobre o porta-luvas e é exclusiva do passageiro, que pode operar o GPS para o condutor e navegar por conteúdos de áudio e vídeo.

Só o carona pode ver central multimídia secundária
Só o carona pode ver central multimídia secundária (Divulgação/Jeep)

Jeitão executivo

O Grand Cherokee 4xe preza pela sobriedade, com estilo discreto que pouco foge do padrão de SUVs da Jeep. O primeiro lote chega ao Brasil apenas em tons de preto, branco e cinza; ainda que tons de creme estejam disponíveis nos EUA, nosso mercado terá somente interior predominantemente preto.

Espaço traseiro é farto
(Divulgação/Jeep)

É o jeito que a fabricante encontrou para atrair um público mais maduro, acima de 50 anos e com famílias maiores. São esses os principais compradores do seu topo de linha no país, naturalmente interessados por um veículo mais discreto e menos chamativo.

Porta-malas tem 580 litros
Porta-malas tem 580 litros (Divulgação/Jeep)

A expectativa é de mais sucesso que o Compass 4xe, tanto que o número de concessionárias aptas para vender e atender aos Jeep híbridos dobrou. Ao todo, serão 80 espalhadas pelo Brasil, com vendas já acontecendo.

Acabamento é feito com couro e imitação de madeira escura
Acabamento é feito com couro e imitação de madeira escura (Divulgação/Jeep)

Híbrido “leve”?

Se nos equipamentos e conforto o Grand Cherokee 4xe causa boas impressões, a mecânica híbrida pode frustrar alguns compradores, dado que os números iniciais passam longe de impressionar.

Apesar deste ser um híbrido plug-in com bateria de 17,3 kWh (boa para esse tipo de eletrificado), a autonomia em regime elétrico do carro é de apenas 29 km segundo o Inmetro. A depender da rotina do dono, será impossível ir e voltar do trabalho sem queimar um pouco de gasolina.

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São 2h30 na tomada para rodar 29 km em modo elétrico
São 2h30 na tomada para rodar 29 km em modo elétrico (Divulgação/Jeep)

Caso possa contar apenas com o motor elétrico, o motorista terá 180 cv e 32,4 kgfm, mais do que suficientes para deslocamentos urbanos. Se a opção for pelo 2.0 turbo, são também satisfatórios 272 cv e 40,0 kgfm e, em regime híbrido, os já citados 380 cv e 65,0 kgfm levam o modelo de 2,5 toneladas de 0 a 100 km/h em apenas 6,3 s, ajudados pelo câmbio automático de oito marchas e tração integral. 

Capacidade off-road se mantém presente
Capacidade off-road se mantém presente (Divulgação/Jeep)

O preparo off-road é inato a um Jeep, com ajustes específicos na suspensão independente, câmera frontal para trilhas e sistema Quadra-Trac II, que vetoriza o torque e aplica freios independentemente conforme a demanda do solo. A capacidade de imersão é de 61 cm, enquanto o reboque supera 2.300 kg.

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Jeep Grand Cherokee 4xe já está à venda em 80 concessionárias pelo Brasil
Jeep Grand Cherokee 4xe já está à venda em 80 concessionárias pelo Brasil (Divulgação/Jeep)

O que decepciona, entretanto, é o consumo: mesmo com motores elétricos funcionando junto ao 2.0, o Grand Cherokee 4xe rendeu 8,3 km/l na cidade e 9,1 km/l na estrada, segundo o Inmetro. Abaixo do que espera o comprador de um híbrido, mas longe de ser uma ameaça ao alcance do utilitário com tanque de 72 litros.

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