Em breve, os chineses começarão a receber a versão reestilizada do GWM Haval H6. Porém, em outros países a estratégia da montadora chinesa será um pouco diferente: substituir o Haval H6 atual por um SUV híbrido ainda maior.
O carro em questão é o GWM Xiaolong Max, um SUV híbrido que já tem registro no Brasil e está cotado para substituir o Haval H6 em mercados como a Austrália, por exemplo. Ele teria outro nome, mas seria vendido como um carro da linha Haval.
No Brasil, a GWM prepara uma série de lançamentos no futuro próximo, podendo o SUV ser um deles. Inclusive, Xiaolong Max já está registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).
O que é certo é que o novo SUV tem ainda mais porte para brigar com carros como o Toyota RAV4. A seu favor, o Max tem suas dimensões avantajadas, com 4,75 m de comprimento, 1,89 de largura, 1,72 de altura e 2,80 m de entre-eixos. Supera o H6 que temos aqui no Brasil em praticamente todas as medidas, sendo 10,3 cm maior no comprimento, 0,9 cm mais largo e com um entre-eixos 6,2 cm maior.
Em relação ao seu design, ele é quase uma mistura entre as gerações do H6. Seus farois são mais estreitos, assim como a da geração que estreia na China nos próximos meses. Mas a grade segue um desenho pontilhado mais próximo da versão atual do SUV e que é vendida aqui no Brasil.
Quem achava o H6 parecido com o novo Peugeot 2008, vai ter ainda mais certeza disso. Os farois, além de serem estreitos, ganham um alongamento em direção ao para-choque, muito semelhante aos DLRs “presa de leão” da marca francesa.
Por dentro, graças às medidas maiores, o esperado é que o Xialong Max também seja bem espaçoso. Mas não espere por sete lugares. Desde que foi apresentado pela primeira vez, em abril, apenas versões com duas fileiras de assentos foram mostradas, levando a crer que ele manterá o padrão do irmão H6.
Tecnológico, o SUV tem um total de três telas de 12,3’’ na cabine: uma para o quadro de instrumentos, outra central e a terceira voltada para o passageiro, como no novo Porsche Cayenne. Além delas há também um head-up display de 10’’.
Apesar de tudo isso, o trunfo do Xialong Max é estrear a mais nova plataforma da GWM. Chamada Hi4, trabalha apenas com sistema híbrido plug-in, combinando um motor 1.5 turbo a gasolina com outros dois elétricos — um dianteiro de 95 cv e 10,19 kgfm e outro traseiro de 204 cv e 35,69 kgfm — para gerar um total de 278 cv e 59,65. Para efeito de comparação, o Haval H6 PHEV vendido aqui tem 393 cv e 77,7 kgfm. A transmissão é de duas marchas.
O interessante dessa plataforma é o que acontece quando a bateria de 20 kWh acaba. Diferente do plug-ins convencionais, que passam a atuar como modelos ICE até que o carro atinja uma porcentagem mínima para voltar ao modo plug-in, o Xialong Max passa a funcionar como um híbrido convencional. Em modo elétrico, o Max pode percorrer até 105 km.
Tendo tração integral como padrão, a plataforma Hi4 também traz o sistema Smart Torque Vectoring Control da GWM. Ele altera a distribuição de torque entre os eixos em “milisegundos”, oferecendo maior estabilidade e segurança.
Outro recurso disponível com a nova tecnologia permite que o carro alterne entre nove modos de condução automaticamente, de acordo com as direção e as condições da pista. Na cidade, por exemplo, ele evitará usar o motor a gasolina, alternando entre modos com tração traseira usando apenas o motor elétrico, híbrido padrão ou modo de transmissão direta de primeira marcha. Em altas velocidades, o computador irá optar pelo modo de transmissão direta de segunda, que oferece maior economia de combustível.
Sem data — e nome — para ser lançado fora da China, o Xialong Max pode aproveitar o sucesso do irmão menor para se posicionar em um degrau acima. O Haval H6 foi o híbrido mais vendido do Brasil nos últimos dois meses e está cotado para ser um dos primeiros modelos da GWM fabricado no Brasil. A GWM também prometeu, pelo menos, dez lançamentos até 2015. Quem sabe o Xialong Max não está entre eles?