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Guia de usados: Mercedes-Benz SLK/SLC não é problemático, nem barato

Ele ainda é um dos conversíveis mais atraentes do segmento, mas é preciso cautela para que o sonho não se transforme em pesadelo

Por Felipe Bitu
Atualizado em 20 out 2020, 12h29 - Publicado em 20 ago 2020, 08h15
Um conversível como este raramente roda mais de 5.000 km a cada ano (Acervo/Quatro Rodas)

Sportlich, Leicht und Kurz. Esse é o significado da sigla SLK, que em alemão significa “esportivo leve e curto”. Mas basta uma volta para perceber que não há nada de leve no conversível da Mercedes: o prestígio da estrela de três pontas tem peso considerável no segmento de luxo.

A terceira geração chegou ao Brasil em outubro de 2011 (como modelo 2012) nas versões 200 (quatro-cilindros turbo de 184 cv) e 350 (V6 de 306 cv).

Ambas foram substituídas no primeiro semestre de 2012 pela versão 250 (quatro-cilindros turbo de 204 cv), que vai de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos graças ao câmbio 7G-Tronic Plus de sete velocidades.

Grosso modo, a SLK 250 reúne a eficiência da 200 com o nível de equipamentos da 350: acabamento primoroso de couro e alumínio, bancos elétricos, seis airbags, ESP, ar-condicionado bizona, central multimídia, faróis de xenônio e rodas de liga leve.

Há ainda o Attention Assist (que detecta sinais de sonolência no motorista), o Neck-Pro (protetor de pescoço nas colisões traseiras) e a capota retrátil, sua principal atração.

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A maior novidade do modelo 2013 foi a versão 55 AMG: seu motor V8 de 5,5 litros entrega nada menos que 421 cv, mais que o dobro do pacato 250. Vai de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos e destaca-se pelas rodas AMG de 18 polegadas e pelo ronco emanado pela saída dupla de escapamento.

Apresentado no final de 2015, o SLK 300 durou poucos meses: o motor quatro-cilindros turbo teve potência aumentada para 245 cv e com o câmbio automático sequencial 9G-Tronic de nove marchas acelerava de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos com máxima de 250 km/h.

No modelo 2017, o SLK foi rebatizado como SLC (Sport Leicht Coupé), lendária nomenclatura utilizada pela marca nos anos 70 e 80. O SLC 300 manteve a especificação do SLK 300 do ano anterior, mas o SLC 43 AMG trocou o V8 de 5,5 litros por um V6 de 3 litros com dois turbos e 367 cv.

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Mercedes SLC (Divulgação/Mercedes-Benz)

Ambos receberam leves retoques nos faróis e no para-choque dianteiro, além de uma nova grade em formato de colmeia e lanternas com leds.

Os SLK/SLC não costumam ter problemas crônicos, mas é preciso cautela: não são carros de uso diário e por isso raramente percorrem mais de 5.000 km a cada ano.

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Chave reserva, manual e livreto de revisões em dia colaboram para a valorização do veículo.

Resista à tentação de recuperar um SLK/SLC com muitos itens a serem reparados: suas peças são caras, quase nunca encontradas em pronta entrega e exigem mão de obra especializada: o scanner Star é restrito à rede autorizada e a poucos reparadores dedicados à Mercedes.

Onde o bicho pega

Faróis 

Verifique se o painel indica erro no ILS (Sistema Inteligente de Iluminação). Desgaste acentuado nos componentes dos módulos bixenônio requerem a substituição completa dos faróis, que são blindados e não podem ser reparados. Cada unidade custa em torno de R$ 14.000,00.

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Capota

Acione o sistema em um local plano no mínimo três vezes, observando se  apresenta ruídos anormais. Certifique-se também de que não há infiltrações comuns nos modelos 2012 com capota de aço.

Cabeçote

O desgaste natural dos variadores de fase dos comandos provoca rajada intensa durante as partidas a frio e pode abreviar a vida de outros componentes como corrente e engrenagens. A revisão no cabeçote não sai por menos de R$ 9.000 em oficinas independentes.

Câmbio automático

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A caixa 7G-Tronic Plus é suscetível a falhas na placa do módulo de controle, incorporado ao câmbio. Além da substituição da placa, também é preciso codificá-la para que o câmbio possa se comunicar com o motor e outros sistemas: custa em torno de R$ 20.000.

Sistema de Freios ABS 

Os sensores de roda são notórios pela fragilidade e qualquer falha é rapidamente apontada
no painel. Sensores paralelos encontrados em importadores independentes costumam ser ainda mais frágeis.

A voz do dono

Nome: Lucas Biagi Neto
Idade: 32 anos
Profissão: empresário
Cidade: Mogi Mirim (SP)

O que eu adoro

“Um desenho que nunca envelhece, com toda a classe e sobriedade que outros Mercedes atuais perderam. O rendimento do motor turbo é notável, com boas médias de consumo considerando o peso de 1.430 kg.”

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O que eu odeio

“Falta fôlego ao motor M217, especialmente em retomadas. O teto de aço apresenta falha de vedação que provoca ruído excessivo em rodovias e o valor da maioria das peças na rede autorizada é proibitivo.”

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Mercedes SLC deu sobrevida à linhagem do SLK (Divulgação/Mercedes-Benz)

Preço médio dos usados* (tabela KBB Brasil)

Modelo/ano 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
SLK 200 1.8 Turbo 108.173  –  –
SLK 250 1.8 Turbo 118.438 130.762 143.934 157.610
SLK 350 3.5 v6 130.617
SLK 55 AMG 5.5 v8 205.497 238.532 387.209 377.302
SLK 300 2.0 Turbo 191.211
SLC 300 2.0 Turbo 200.421 222.492
SLC 43 AMG 3.0 v6 277.222 293.102

 

Preço das peças (em reais)

Peças Original Paralelo
Para-choque dianteiro 9.280 4.500
Farol (cada lado) 13.694 6.700
Pastilhas de freio (jogo dianteiro) 1.040 865
Disco de freio (par) 2.490 1.500
Amortecedores (o jogo) 16.510 10.220

Nós dissemos

(acervo/Quatro Rodas)

Dezembro de 2012 

Discreto, com traços simples e limpos. (…) o Mercedes é o autêntico esportivo alemão atual, que acomoda o motorista perfeitamente alinhado. (…) traz alguns itens exclusivos (…). A direção é precisa e a suspensão, firme, apesar de confortável. (…) A posição de dirigir e a ergonomia são perfeitas.”

Pense também em um…

 

(acervo/Quatro Rodas)

BMW Z4

Se destaca pelo estilo extravagante e pela eficiência do câmbio de oito marchas, que o torna imbatível nas provas de aceleração e consumo.

Também leva vantagem na espaçosa cabine, que coloca o motorista próximo do eixo traseiro. Traz seis airbags, ar bizona, xenônio e defletores de ar atrás dos encostos de cabeça.

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