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Fiat Toro usada também é fenômeno nas lojas de seminovos; veja defeitos

Sucesso no mercado de novos e usados, a picape intermediária da Fiat agrada pela excelente estabilidade e pelo pacote de equipamentos e tem até motor diesel

Por Felipe Bitu
Atualizado em 12 Maio 2023, 11h12 - Publicado em 12 Maio 2023, 11h12
toro
Versão Volcano é a top de linha e traz motor diesel e tração 4×4 (Divulgação Fiat/Quatro Rodas)

Intermediária entre as picapes leves e médias, a Fiat Toro é um fenômeno de vendas. Apesar do preço, continua entre os 15 veículos mais vendidos desde o seu lançamento, em 2016, mantendo a mesma aceitação entre os usados.

A versão mais comum da primeira fase da picape é a Freedom 4×2 com motor E.torQ 1.8 16V Flex de 130/132 cv (gasolina/etanol).

O desempenho da picape Fiat é só satisfatório, em função dos 1.619 kg e do câmbio automático de seis marchas, mas agrada pelo assistente de saída em rampa, computador de bordo, piloto automático, ESP, direção elétrica, Isofix e sensor de ré.

Toro 1
Capacidade de carga é de 650 kg na versão 1.8 flex e 1.000 kg na 2.0 turbodiesel (Divulgação Fiat/Quatro Rodas)

Não abra mão da segurança: um dos opcionais mais desejados é o conjunto de airbags (laterais, de cortina e para joelhos do motorista). Além dele há couro, central multimídia, capota marítima, faróis de neblina, sensor de faróis e de chuva, rodas de liga leve e até o raríssimo teto solar.

Entre as Toro Freedom, vale procurar a série Opening Edition, que se destaca pelo ar-condicionado bizona, central com câmera de ré, espelhos com acionamento e rebatimento elétricos e volante multifuncional revestido de couro e com borboletas para troca de marchas.

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toro volante
Painel – Fiat Toro 2016 (Acervo/Quatro Rodas)

Na vice-liderança está Fiat Toro mais cara dos primeiros anos em que esteve à venda. É a versão Volcano com um 2.0 turbodiesel de 170 cv, câmbio automático de nove marchas e 4×4. Mais ágil, seu 0 a 100 km/h cai de 16,1 para 12,4 s e traz ar bizona, central com GPS e câmera de ré, DRL e rodas aro 17 de série. Entre os opcionais, estão chave presencial e banco do motorista com regulagem elétrica.

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O equilíbrio entre os dois motores veio na linha 2017: a Freedom ganhou opção do 2.4 Tigershark Flex (174/186 cv) com câmbio de nove marchas. Já a 2018 trouxe três novidades. A versão Blackjack 2.4 eliminou quase todos os cromados da carroceria e do interior. A Freedom 1.8 recebeu o E.TorQ EVO do Jeep Renegade (bicos injetores aquecidos e start-stop) e a Freedom 2.0 diesel ganhou o câmbio de nove marchas.

Fiat Toro Ultra 2.0 diesel 2021
(Fernando Pires/Quatro Rodas)
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Aqui está o pulo do gato: quem quiser economizar deve optar pela Toro Freedom 2.0 com câmbio manual de seis marchas, que encalhou nos pátios e foi produzida apenas entre 2016 e o início de 2018. A mais rápida das Toro (0 a 100 km/h em 11,6 s na versão 4×2) está longe de ser ruim, mas seu público faz questão do câmbio automático.

Fiat Toro Endurance
Fiat Toro Endurance (Fernando Pires/Quatro Rodas)

No final de 2018 surgiu uma nova versão topo de linha, a Toro Ranch. Em 2019, outras novas versões: a nova versão de entrada Endurance chegou com motor 1.8 e opções de câmbio manual e automático de seis marchas, e com o motor 2.0 turbodiesel combinado ao automático de nove marchas e tração 4×4. Ainda surgiu a Toro Ultra, com capota de fibra sobre a caçamba.

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Em maio de 2021 a Fiat Toro foi reestilizada e ganhou o motor 1.3 turbo flex de 185 cv em substituição ao 1.8. Mas falaremos sobre ela futuramente.

Fiat Toro Endurance MT
Fiat Toro Endurance MT (Fernando Pires/Quatro Rodas)
Fiat Toro Endurance MT
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Em comum, todas as Toro têm estabilidade excepcional para uma picape e dirigibilidade próxima a de um automóvel, mérito da estrutura monobloco e da suspensão traseira multilink.

Dois detalhes importantes que facilitam a vida dos donos: muitas unidades têm garantia estendida em até cinco anos (contra três da normal) e há constante fornecimento de informativos de manutenção entre a Fiat e as oficinas independentes. Estas ainda contam com grande oferta de peças originais ou paralelas.

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Principais defeitos da Fiat Toro

  • Motor – Não feche negócio sem verificar se os sensores do filtro de material particulado (DPF) funcionam: muitos donos isolam esse item e modificam o chip de gerenciamento para aumentar torque e potência. Dor de cabeça garantida.
  • Suspensão – Seu acerto e o elevado peso não suspenso de rodas e pneus abreviam a vida útil de peças como batentes e pivôs. A falta de estabilidade direcional dianteira pode ter origem em amortecedores sem ação ou bieletas rompidas.
  • Câmbio automático – A caixa ZF 9HP, de nove marchas, pode apresentar trocas abruptas ou retenção de marchas. Costuma ser resolvido com atualização do software.
  • Embreagem – Não se esqueça de checar a embreagem da Toro Freedom 2.0 manual: o kit completo (disco, platô e atuador) custa em torno de R$ 5.000 tanto nas autorizadas quanto no paralelo. Por exigir muitas horas de serviço, a mão de obra também é cara.
  • Capota marítima – É notória pela infiltração de água, problema já relatado na seção Autodefesa. Ela se agrava com o tempo e só é amenizada com a sua substituição, que pode custar mais de R$ 1.000.
  • Recalls – Envolvem trava do suporte do estepe (2.0 4×4 2016), reconfiguração da central do motor (2.0 4×4 2017), troca da central (2.4 2018) e inspeção do sistema DPF (2.0 4×4 e 2.0 4×2 2016 a 2018).
Fiat Toro
(Acervo/Quatro Rodas)

A voz do dono

Nome: José A. Furlan
Idade: 68 anos
Profissão: empresário
Cidade: Cosmópolis (SP)

O que eu adoro

“É a picape mais confortável que existe: encara estradas ruins como utilitário e asfalto como carro de passeio. O bom casamento do motor com o câmbio automático garante bom desempenho, mesmo carregada.”

O que eu odeio

“O consumo urbano é muito alto, mesmo considerando o bom desempenho. E a tela da central multimídia é minúscula: compromete a funcionalidade e destoa da beleza do interior.”

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Nós dissemos

capa toro 2016
Edição de fevereiro de 2016 (Reprodução Revista/Quatro Rodas)

Fevereiro de 2016: “A posição de dirigir alta é algo que se encontra tanto em picape quanto em SUV, assim como o espaço que leva cinco pessoas com conforto. Passa longe do comportamento de uma picape. Sua direção é leve e direta como a de automóvel, por isso é fácil de manobrar. E a suspensão tem bom compromisso entre conforto e estabilidade.”

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