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Grandes Brasileiros: Chevrolet Opala Standard / L / SL

Versátil, barato e muito confiável, o carismático Opala atravessou a década de 1980 quase sem sentir o peso dos anos

Por Felipe Bitu
Atualizado em 27 set 2018, 11h21 - Publicado em 9 nov 2015, 14h48
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  • Chevrolet Opala Standard / L / SL

    Confiável e espaçoso, o sedã Opala caiu nas graças dos brasileiros nos anos 70. Com motores de quatro e seis cilindros, a versão básica se adequava a diversos usos: taxistas, frotas governamentais e famílias com filhos crescidos. Todos eram seduzidos pela robustez, conforto e facilidade de manutenção.

    Dez anos após o lançamento, a GM faria uma reestilização mais profunda: como linha 1980, o sedã trazia um capô mais baixo e dianteira com linhas retas, presentes nos faróis retangulares e piscas envolventes. Na traseira, enormes lanternas retangulares.

    Por dentro, nada de novo: continuava o mesmo Opala da década de 1960, com espaço e conforto para seis pessoas, graças ao banco dianteiro inteiriço fazendo par com o câmbio de três marchas manual, acionado por alavanca na coluna de direção. Até o interior era o mesmo. Mas ao volante, as principais modificações já se tornavam evidentes.

    Chevrolet Opala Standard / L / SL

    Para aproveitar o potencial dos pneus radiais, suspensões ganharam molas com novos pontos de apoio, buchas maiores, barra estabilizadora mais grossa e amortecedores recalibrados, além de uma nova geometria de direção, tornando a dirigibilidade mais neutra.

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    Curiosamente, os pneus radiais não eram de série, integrando uma longa lista de opcionais, como direção hidráulica, servofreio, espelho retrovisor direito, temporizador do limpador e lavador elétrico do para-brisa, ar quente e vidro térmico.

    Os entusiastas da tocada esportiva davam adeus ao sexto passageiro: a transmissão manual de quatro marchas vinha com alavanca no assoalho e bancos dianteiros individuais. Para melhorar a estabilidade, havia também rodas esportivas de aço mais largas ou belas rodas de alumínio.

    Básico com jeitão de top

    Mas não havia complexo de inferioridade: o Opala Standard podia ser equipado com vidros verdes, rádio e ar-condicionado. Frente às versões Comodoro e Diplomata só faltava o teto em vinil, o porta-malas acarpetado e o estofamento em caxemira – o interior do básico tinha vinil e tecido cotelê (algodão) cinza, preto ou marrom.

    Chevrolet Opala Standard / L / SL

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    Sob o capô, cinco opções: o 4-cilindros 151 (2,5 litros) nas versões comum (90 cv), S (98 cv) e etanol (99 cv) e o 6-cilindros 250 (4,1 litros) nas versões comum (148 cv) e S (171 cv), sendo que as duas últimas poderiam ter o câmbio automático Turbo-Hydramatic 180 de três velocidades, com alavanca no assoalho.

    As atualizações foram constantes: novo painel, volante redesenhado, freios a discos ventilados, ignição eletrônica, câmbio de cinco marchas (para o 4-cilindros), motor 6-cilindros a álcool e maçanetas embutidas. Em 1985, o Opala Standard recebeu a denominação L, sendo muito empregado por frotas governamentais.

    Chevrolet Opala Standard / L / SL

    Defasado, o Opala enfrentou o VW Santana e o Chevrolet Monza: mesmo com o 6-cilindros, ele custava menos que carros de categoria inferior, como Fiat Prêmio e VW Passat. A versão SL veio em 1988, com os faróis trapezoidais inspirados no Monza, coluna de direção ajustável e saídas do ar-condicionado para o banco traseiro.

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    O Opala se recusava a perder o posto de maior e mais sofisticado automóvel nacional, como atesta o colecionador paulistano Rafael Santos: “Este SL pertenceu à Polícia Civil de São Paulo: a elasticidade do motor e a quinta marcha tornam a dirigibilidade agradável, mas estabilidade e freios denunciam a idade do projeto”.

    Chevrolet Opala Standard / L / SL

    Já sem o motor de seis cilindros, o Opala SL ganhou sua última maquiagem em 1991: para-choques envolventes, grade e espelhos retrovisores redesenhados, supressão dos quebra-ventos e opção da direção hidráulica. Mesmo assim, o sedã despediu-se do mercado em 1992, sendo sucedido pelo Omega GL, que não conseguiu repetir o mesmo sucesso.

    Teste QUATRO RODAS – maio de 1990
    Aceleração de 0 a 100 km/h: 16,21 s
    Velocidade máxima: 155,3 km/h
    Consumo urbano: 5,7 km/l
    Consumo rodoviário: 8,72 km/l (carregado), 9,18 km/l (vazio)
    Preço (maio de 1992): Cr$ 29.149.000
    Preço (atualizado IGP-M/FGV): R$ 77.300
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    Ficha Técnica – Opala SL 1989
    Motor: longitudinal, 4 cil. em linha, 2 471 cm3, duas válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no bloco, carburador de corpo duplo, 88 cv a 4 000 rpm; 19,4 mkgf a 2 000 rpm
    Câmbio: manual de 5 marchas, tração traseira
    Dimensões: comprimento, 478 cm; largura, 175 cm; altura, 140 cm; entre-eixos, 266 cm; peso, 1 200 kg
    Pneus: 175 SR R14
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