Já sabíamos que, ao final de fevereiro, impostos que normalmente incidiam sobre os combustíveis (e que estavam com cobrança suspensa desde o ano passado) voltariam. A partir de amanhã, 1° de março, a desoneração da gasolina e álcool vai acabar ao menos parcialmente, mas os detalhes ainda seguem em decisão.
Ministro da Fazenda, Fernando Haddad já havia anunciado que a cobrança dos Pis e Cofins voltaria ao menos de modo parcial, a fim de elevar em R$ 28,8 bilhões a arrecadação do Governo e, desse modo, reduzir o rombo nas contas públicas. A redução do déficit, inclusive, é apontada como uma das exigências do Congresso na aprovação da PEC da Transição, que ajudou a desenhar o orçamento da atual Presidência.
De acordo com o G1, a Fazenda já confirmou que os impostos incidirão mais sobre a gasolina do que sobre o álcool, a fim de valorizar o combustível renovável frente ao de origem fóssil. A decisão foi tomada após reunião entre o presidente Luís Inácio Lula da Silva, ministros e o presidente da Petrobrás, Jean Paul Prates.
Segundo complemento da Globo News, o imposto sobre a gasolina retornará em 71% do valor que era cobrado antes. Ou seja, o preço da gasolina deve aumentar em R$ 0,49 por litro, ao invés de R$ 0,69. No caso do etanol, o imposto voltaria quatro vezes menor do que antes: em vez de acrescentar R$ 0,24 ao litro, o imposto deve elevar o preço do álcool em apenas R$ 0,06.
As discussões seguem ao longo desta terça-feira (28), na expectativa de que em algumas horas o arranjo final da reoneração seja apresentado. Segundo os relatos, o Governo Federal busca uma saída que permita ao consumidor absorver da melhor forma possível o aumento nos preços, ao mesmo tempo que cumpre sua meta de arrecadação.
Ainda que os impostos não estejam em vigor, a equipe de QUATRO RODAS já se deparou com reajustes em diferentes postos de São Paulo (SP), com gasolina ficando até R$ 0,22 mais cara.