A General Motors anunciou nesta segunda-feira (26) uma enorme reestruturação em seus negócios na América do Norte.
A companhia pretende fechar cinco fábricas nos EUA e no Canadá, além de demitir mais de 14.000 funcionários – uma redução de 15% no quadro de trabalhadores –, para se readequar à atual realidade do mercado.
A empresa afirma que tomará essas medidas para investir em arquiteturas de próxima geração de veículos elétricos e autônomos, uma vez o mercado tradicional de modelos à combustão apresenta declínio, especialmente entre os carros de passeio, que registraram queda de 13,2% nos Estados Unidos em 2018.
Com o fechamento das fábricas, modelos como Chevrolet Cruze, cujas vendas despencaram 27% neste ano, Impala, Volt, Cadillac CT6, XTS e Buick LaCrosse deixarão de ser produzidos no país.
Devem ser encerradas as atividades nas fábricas de Detroit, Ohio e Ontário (Canadá) e nas fábricas de motores em Maryland e Michigan.
Outra fábrica já havia sido fechada em Gunsan, na Coreia do Sul, em maio deste ano. Segundo a montadora, mais duas fábricas de fora dos EUA serão limadas no fim de 2019.
A GM espera gastar entre US$ 3 bilhões e US$ 3,8 bilhões para indenizar funcionários pelos cortes, mas acredita que as ações devem gerar uma economia de US$ 6 bilhões até o fim de 2020.
Na contramão dessa realidade, as fábricas da montadora que produzem SUVs e picapes estão operando com capacidade total. O segmento registrou aumento de 8,3% neste ano no país.
A CEO da GM, Mary Barra, deve se reunir com conselheiros econômicas da Casa Branca para discutir as medidas.