Fiat descarta investir em células de combustível a hidrogênio
Marca prefere apostar no gás natural
A Fiat não pretende entrar na onda dos carros com célula de combustível a hidrogênio, apesar da grande quantidade de projetos desenvolvidos pelas concorrentes.
Segundo informações da revista inglesa Autocar, a Fiat acredita que a distribuição de hidrogênio pelos postos de abastecimento na Europa não é tão eficiente quanto a de gás natural. Além disso, a Fiat afirma que as células de combustível não possuem uma vida útil tão longa, alegando que os catalisadores do sistema são lentamente deteriorados pelo monóxido de carbono liberado durante o processo de conversão de energia nas células. Para terminar, os italianos garantem que não existem ganhos significativos de economia de combustível nas células se comparado com um motor a diesel.
Por todos os motivos citados pela empresa é que a Fiat aposta na tecnologia de gás natural comprimido, ou CNG. A marca afirma que o Panda CNG – que emite 86 gramas de CO2 por quilômetro rodado – polui menos do que carros a diesel e gasolina. Se a maioria dos lares forem equipados com conversores para gás natural comprimido (o que já acontece em algumas casas nos EUA), seria possível abastecer o veículo de forma rápida e relativamente barata em sua própria garagem.
Embora seja desprezada pela Fiat, a tecnologia de células de combustível a hidrogênio possui muitos defensores, entre eles Kia e Hyundai, principalmente pelo fato de a Coreia do Sul produzir matéria-prima e oferecer estrutura suficientes para garantir que 240 mil veículos alimentados por este tipo de propulsão rodem normalmente pelas ruas asiáticas. Como não poderia deixar de ser, ambas as montadoras afirmam que o impacto do CO2 emitido por veículos deste tipo é inferior aos dos automóveis a gasolina.