Fã de carros, britânico se dedica a fotografar as mais grosseiras gambiarras
Série "Fixed Badly" traz imagens de reparos com cartolina, sacolas de plástico e fita adesiva
“Por que levar o carro à oficina se eu posso resolver o problema sem gastar quase nada?”. Não são poucos os proprietários de automóveis que têm esse espírito valente, e que estão sempre dispostos a colocar a mão na massa para não ter que arcar com os custos dos reparos feitos por verdadeiros profissionais. O problema é que nem sempre o resultado final é satisfatório, e é a esses casos que o britânico Ronni Campana se dedica em Fixed Badly, uma série fotográfica que traz as piores gambiarras já feitas na região leste de Londres.
Tudo começou quando o rapaz avistou um modelo antigo, aproximou-se dele e reparou que, no lugar do vidro traseiro, havia uma sacolinha plástica. Depois, passou a notar que esse tipo de “jeitinho” estava presente em todo lugar e não estava restrito a um perfil de carro, já que afetava antigos e novos, carros simples e de luxo. A partir de então, passou a levar consigo uma câmera para registrar os casos mais pitorescos que encontrasse.
Conforme mostra a matéria do site Wired, Campana é detalhista e gosta de dedicar, no mínimo, dez minutos à sessão de fotos de cada modelo cuja gambiarra ele considera interessante. Além de dar um close nos detalhes pseudoconsertados, ele tenta usar o flash sempre que possível para enfatizar o contraste entre a parte original e a modificada. Naturalmente, algumas pessoas que observam o rapaz em seu processo criativo o julgam mal – pensam que é um eventual ladrão coletando informações sobre o alvo. “Alguns acham legal o que faço, outros não dão a menor importância e alguns são realmente malvados”, diz Campana ao site.
A coleção de imagens traz diversas raridades – em termos de carros, é claro, como modelos da Aston Martin de várias décadas atrás e até um Alfa Romeo Giulietta de 1959. Mas uma das próximas inclusões à lista promete ser das mais aguardadas: o Ford Ka de 1999 que do próprio fotógrafo. Segundo Campana, apesar de parecer bem conservado, não deve levar muito tempo até que o compacto dê os primeiros sinais de perecimento. E, quando isso acontecer, ele garante: já tem ideias interessantes de reparos inspiradas no que já viu até aqui.
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