Depois do escândalo do dieselgate, a Volkswagen decidiu que o seu futuro será baseado em veículos elétricos. Prova disso foi a apresentação do hatch I.D Concept no Salão de Paris de 2016 e do I.D Buzz, conceito mostrado no Salão de Detroit há duas semanas.
Alardeado como o sucessor conceitual do Fusca, o I.D Concept deve chegar às ruas primeiro, sendo possivelmente também o responsável por dar uma bela – e polêmica – sacudida na tradição dos esportivos com a grife GTI.
As informações são da revista britânica Auto Express, que entrevistou no Salão de Detroit Jürgen Stackmann, chefe de vendas e marketing da Volkswagen. Ele disse que a fórmula do GTI será eletrificada, combinando a “emoção, diversão e prazer ao dirigir” com as características limpas e de torque instantâneo dos elétricos – incluindo a possibilidade de tração nas quatro rodas.
O Volkswagen I.D Concept traz a nova arquitetura MEB (Modular Eletric Drive), sendo um pouco mais curto do que o Golf, porém com espaço interno equivalente ao do sedã Passat. Ele será movido por um motor elétrico de 170 cv, capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em menos de oito segundos e alcançar a autonomia de até 600 quilômetros. Para um futuro GTI, além dos ganhos de performance, são esperadas baterias de maior capacidade.
Durante a feira de tecnologia Consumer Eletronics Show (CES) Las Vegas no início do ano, Christian Senger, vice-presidente da Linha de Produtos G4 e Mobilidade Elétrica da Volkswagen, também revelou que a linha GTI será composta por elétricos. “A gama de alta performance da Volkswagen é bem-sucedida, mas precisamos recriar isso com a tendência da mobilidade elétrica”.
Tudo isso indica que a tradicional linha GTI poderá ser transformada em hot hatches puramente elétricos (a atual linha GTE é híbrida). E vale lembrar que a própria Alemanha quer banir os veículos movidos a combustão até 2030. Dentro desse cenário, a possibilidade de que todos os GTI passem a ser elétricos não parece tão absurda.