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Estes conceitos inéditos da Porsche revelam muito mais do que você imagina

Aproveitando lançamento de livro, Porsche apresenta ao mundo alguns de seus mais impressionantes projetos inéditos

Por Eduardo Passos
Atualizado em 15 nov 2020, 17h06 - Publicado em 14 nov 2020, 12h32
Modelo de argila em tamanho real do Porsche 919 (Divulgação/Porsche)

Ao longo das décadas, a Porsche conquistou prestígio com supercarros que empilharam títulos nas pistas, caíram no gosto de quem pode pagá-los e estimulou a imaginação de quem fica só na vontade. 

Dessa vez, porém, passar vontade é a única opção, já que a montadora lançou um inédito livro contendo detalhes de 15 carros que chegaram a ser desenvolvidos entre 2005 e 2019, mas nunca foram lançados.

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O livro, batizado de “Porsche Unseen” (ainda sem tradução para o português), divide os veículos em quatro categorias: “Spin-Offs”, “Little Rebels”, “Hyper Cars” e “What’s Next?”. Ao longo de suas 328 páginas, há de tudo um pouco: de uma absurda versão de rua do Porsche 919 híbrido, tricampeão das 24h de Le Mans, até uma inofensiva minivan-conceito.

Pensado em 2017, o 919 Street traria o mesmo trem de força híbrido com 900 cv de potência da versão de corrida, além do chassi monocoque de fibra de carbono. O visual mais elegante e luxuoso, entretanto, seria ideal para seus proprietários atingirem os 350 km/h sem perder a elegância.

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Outros hipercarros jamais lançados incluem um reboot do sexagenário 906, usado na edição de 1966 da corrida em Le Mans. O 906 Living Legend, de 2015, teria rodas com design atípico, além da releitura do notável assoalho original e uma entrada de ar incomum.

Outro homenageado seria o Porsche 917 KH, que trouxe o primeiro título do mais prestigiado enduro para a empresa, em 1970. A ideia surgiu em 2013, justamente quando o 919 se preparava para competir na França. Mais ‘domesticado’, o 918 serviria como base da nova versão, a 917 Living Legend, a fim de buscar um meio termo entre as pistas e o dia a dia.

Novamente interessada em oferecer experiência de pilotagem aos compradores, a Porsche também chegou a preparar, em 2019, uma versão comercial do 99X, competidor da Fórmula E. Batizado de Vision E, se trataria de um monoposto pensado para corridas particulares, sem uso urbano. A Porsche não revelou detalhes técnicos, mas definiu o modelo como “de tirar o fôlego”.

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Fechando a categoria mais avançada do livro, há o Vision 918 RS — um upgrade do 918, com transmissão e tecnologia de materiais diferenciados — e o conceito Vision 920, do ano passado. Esse último se encaixa em categoria semelhante ao AMG Project One, que será lançado em breve.

Ainda que os carros do livro não tenham sido lançados, isso não quer dizer que seus projetos foram em vão. Um exemplo é o 960 Turismo, que chegou a ser especulado pela imprensa antes de ser engavetado. Anos depois, o esportivo de quatro lugares serviu como base para o elétrico Taycan.

“A ideia surgiu porque ninguém um superesportivo com as proporções do 918 Spyder mas com quatro assentos”, explicou o Chefe de Design da fabricante, Michael Mauer, à MSN americana, destacando que o conceito surgiu como um exercício para ver se de fato a produção do 960 era viável.

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“Anos depois iniciou-se uma discussão de que a Porsche deveria entrar no mundo dos elétricos. […] Nós, como designers, percebemos que um EV nos permitiria usar essas especificações absurdas. […] No fim das contas [o 960 Turismo] virou o Mission E e, finalmente, o Taycan”, contou. 

Outros modelos incluem a releitura do 911 SC Safari, batizada de 911 Vision Safari e que, além de se tratar de um protótipo funcional, traz a pintura clássica da Martini Racing. O Vision Safari conta com suspensão elevada e caixa de rodas mais robusta, justamente para aguentar o tranco das pistas de terra e cascalho.

Junto do 911, há também o Macan Safari, com a mesma alteração na suspensão e rodas e, curiosamente, apenas duas portas. Esse modelo, entretanto, não passou do molde visual.

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Lendas vivas

Mostrando que valoriza sua história, a fabricante bávara divulgou também o Le Mans Living Legend, que homenageia o modelo 550 Coupe que correu a famosa prova em 1953. Além do seu motor boxer, há características importadas do anteriormente revelado Boxster Bergspyder — protótipo construído para testar tecnologias de redução de peso.

Junto do Le Mans, há o 904 Living Legend, que aproveitou o monocoque de fibra de carbono do Volkswagen XL1, produzido para bater recordes de economia de combustível. O resultado foi um modelo ao estilo do clássico 904, com rodas de 911, o monocoque citado e, pasmem, motor V2 1.2, aproveitado de alguma Ducati canibalizada nos arredores de Stuttgart. 

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Fechando a sessão nostalgia, o Vision Spyder, de 2019, relembra o 550-1500 RS Spyder e traz, além da pintura em tons prateados, santantônio de material compósito.

A Porsche também deu ao seus estagiários mais do que as redes sociais, e o projeto futurístico de um deles, o Vision 916, marca presença no livro. O esportivo com motores elétricos presta tributo ao primeiro carro de corrida elétrico da história, criado pelo próprio Ferdinand Porsche, em 1900.

Twitter e Facebook? Que nada! Na Porsche tem estagiário fazendo carro-conceito (Divulgação/Porsche)

Estranho no ninho

Em meio a carros esportivos, que intimidam até mesmo os mais velozes modelos de outras marcas, há também a Vision “Renndienst”, uma simpática minivan conceitual que, mais uma vez, presta tributo a um antigo modelo da Porsche.

Um “ônibus espacial futurista”, nas palavras dos projetistas, ela homenageia os furgões que transportavam peças e equipamentos durante as competições de antigamente. Apesar das semelhanças com a I.D. Buzz — a ‘Kombi elétrica’ da Volkswagen — a Vision carrega uma disposição peculiar, com o motorista sentado ao centro, interior modular e espaço para seis pessoas.

“Porsche Unseen” já está à venda, importado, na internet (Divulgação/Porsche)

Já à venda, o “Porsche Unseen” pode ser importado em inglês ou alemão. Suas 328 páginas custam, dependendo do país de compra, em torno de US$ 80 ou € 68. Seus textos, de Jan Karl Baedeker, e fotos, de Stefan Bogner, fazem da obra uma belíssima peça para colecionadores. Mas cuidado, a chance de ficar triste por esses carros jamais terem saído do papel é grande.

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