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Escândalo na Daihatsu faz Toyota mudar presidência na América Latina

Pela primeira vez na história a Toyota do Brasil terá um presidente brasileiro, enquanto antigo presidente será CEO para a América Latina e Caribe

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
14 fev 2024, 11h49

Os desdobramentos do escândalo de fraudes em testes de segurança da Daihatsu, que implicou na paralização da produção de carros da própria Daihatsu e da Toyota, resultaram em mudanças na presidência da Toyota na América Latina e no Brasil. Com isso, a Toyota do Brasil terá o primeiro presidente brasileiro em sua história.

Masahiro Inoue, CEO da Toyota América Latina e Caribe (TLAC), foi nomeado presidente da Daihatsu e substituirá Soichiro Okudaira a partir de 1º de março.  O Chairman da Daihatsu, Sunao Matsubayashi também deixará a empresa e seu cargo ficará vago. 

As empresas afirmaram que, sob a nova estrutura, “implementaremos minuciosamente medidas para prevenir a recorrência e trabalharemos para a futura revitalização da Daihatsu”.

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Board toyota
Da esquerda para a direita, Masahiro Inoue, Rafael Chang e Evandro Maggio (Divulgação/Toyota)

Masahiro Inoue atua na América Latina há 16 anos e assumiu o cargo de CEO da Toyota para a região em 2019. Com o retorno de Inoue ao Japão, quem assume o cargo de CEO da TLAC é Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil desde 2017.

Com isso, Evandro Maggio, atual Diretor de Compras, Pesquisa e Desenvolvimento da Toyota para a América Latina e Caribe se torna o primeiro brasileiro presidente da Toyota do Brasil. 

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Yaris Cross será o híbrido mais barato da Toyota e seu lançamento será em dezembro
Yaris Cross será o híbrido mais barato da Toyota e seu lançamento será em dezembro (Divugação/Toyota)

A nova presidência terá pela frente o lançamento do Yaris Cross, um SUV compacto com mecânica híbrida flex, em dezembro deste ano. O modelo será resultado de um investimento de R$ 1,7 bilhão, destinado à fabricação do modelo em versão híbrida flex na fábrica de Sorocaba (SP).

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Curiosamente, o Toyota Yaris Cross que será destinado ao Brasil é o modelo vendido fora do Japão e da Europa, chamado AC200. É um carro maior e baseado na plataforma DNGA, concebida originalmente pela Daihatsu. Seria menor, mais simples e barata que a conhecida plataforma TNGA, que é usada nos Corolla e Corolla Cross brasileiros.

O que aconteceu com a Daihatsu?

No final de 2023 veio à tona que testes de colisão (crash tests) correspondentes a mais de 88.000 veículos teriam sido fraudados pela Daihatsu, a fim de melhorar suas notas. O achado gerou repercussão negativa na sociedade japonesa e a empresa viu-se obrigada a apresentar reparações pelo descaminho perante o governo local.

Daihatsu Rocky
Daihatsu Rocky, irmão de plataforma do Yaris Cross (Daihatsu/Divulgação)

Tudo começou em abril, quando a própria Daihatsu, através de um relatório de denúncia, descobriu que testes estavam sendo conduzidos de maneira errada. A montadora, então, relatou às agências reguladoras japonesas e interrompeu a produção dos modelos afetados.

Desde então a empresa vem fazendo um pente fino em suas atividades após o escândalo que envolveu a subsidiária Daihatsu. Os Toyota Yaris e o Yaris Cross, que está cotado para vir ao Brasil em 2024, assim como o Toyota Raize e seu ‘irmão gêmeo’ Daihatsu Rocky chegaram a ter suas produções suspensas. As irregularidades também afetam modelos da Mazda, Perodua e Subaru. 

Hilux GR Sport europeia frontal
Hilux gringa teve adulteração nos motores durante certificação (Divulgação/Toyota)

As investigações descobriram que a Daihatsu vinha fraudando testes há muito mais tempo. Descobriu-se que as os airbags testados em modelos como o Toyota Townace e Pixis Joy e o Mazda Bongo eram diferentes dos que eram vendidos ao público. Também houve falsos sobre testes de impacto dos encostos de cabeça e sobre a velocidade de impacto de algumas provas. A investigação também averiguou que existem fraudes desde 1989.

O caso mais recente foi de adulteração dos motores dos Toyota Hilux e SW4 durante ensaios de certificação. Segundo a Reuters, a curva de potência do propulsor 2.8 turbodiesel foi maquiada para aparentar maior suavidade do que o de fato. Já o periódico Kyodo News informa que a adulteração ocorreu na curva de torque. Outros dois propulsores a diesel também estariam envolvidos na questão. O caso não se estendeu aos carros vendidos no Brasil.

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