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Dez promessas recentes de carros que acabaram não vindo para o Brasil

Alguns modelos foram prometidos (e até anunciados) para o nosso mercado, como Veloster Turbo, Soul elétrico e Mustang. Mas algo deu errado e as notas de importação foram para a lixeira

Por Guilherme Fontana
Atualizado em 23 nov 2016, 21h22 - Publicado em 18 jul 2016, 15h44
Renault Mégane R.S. 265
A Renault chegou a importar algumas unidades do Mégane R.S., mas desistiu de lançá-lo no mercado ()

“Promessa é dívida” é um ditado que o mundo dos negócios nem sempre cumpre à risca. Muitas vezes, em situações favoráveis, os fabricantes anunciam a chegada de importantes modelos para o mercado, mas são pegas de surpresa por mudanças econômicas ou de marketing. Com isso, esses lançamentos são abortados e vão para a gaveta. Para lembrar de alguns, adaptamos outro ditado: “Dever para gearhead é dever para dois”. Veja o que está anotado em nosso caderninho.

Alfa Romeo 

Alfa Romeo Giulia

Este é um caso antigo. Desde 2006, quando deixou o Brasil, a Alfa Romeo ensaia sua volta ao país. Sete anos depois, em 2013, os modelos MiTo e Giulietta foram flagrados em testes por aqui, sinalizando o retorno próximo — chegou a ser cogitada, inclusive, a possibilidade de que os Alfa seriam comercializados em lojas Dodge e Chrysler. Mas não aconteceu. Com o lançamento do sedã Giulia, em 2015, os rumores voltaram e a atual previsão é de que isso aconteça em 2017. Vamos aguardar.

Audi A3 e-tron

Audi A3 e-tron

Um dos destaques da Audi durante o último Salão do Automóvel de São Paulo, o A3 e-tron também foi uma das promessas da ocasião. Além dele, a marca anunciou para 2015 a chegada do novo TT e a nacionalização de A3 Sedan e Q3. Os três últimos, de fato, chegaram. O e-tron, não. O visual do hatch híbrido é basicamente o mesmo das versões a combustão, tendo como atrativo seu conjunto mecânico, formado por um motor 1.4 turbo a gasolina e um elétrico — combinados, ele geram 204 cv. Ele vai de 0 a 100 km/h em 7,8 segundos, com a média de consumo de 66/15,5 km/l em ciclo urbano/rodoviário. 

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Citroën C4 Cactus

Citroën C4 Cactus

O francês de visual ousado marcou presença, ainda em formato conceitual, no Salão de São Paulo, em 2014. Isso serviu de termômetro para avaliar sua importação, prometida desde então e adiada, cada vez mais, pela má situação econômica do país. O receio da marca não foi à toa: o C4 Cactus tem desenho bastante incomum, especialmente para um mercado conservador como o brasileiro. No entanto, fontes internas da marca ainda apostam no risco e garantem a chegada do Cactus por aqui nos próximos anos equipado com motor 1.6 THP.

Ford Mustang

Ford Mustang

A Ford parece não se importar com o sucesso do Camaro no Brasil que, sem concorrentes diretos, domina o segmento de esportivos. Desde meados de 2013, a fabricante do oval azul mostrou sinais de interesse na importação do Mustang, confirmada um ano depois, com direito à exposição do cupê no Salão do Automóvel nas versões conversível e fechada. Na ocasião, a Ford apontou que o modelo estava em fase de adequação para as ruas brasileiras. Fase essa que, aparentemente, nunca acabou.

Ford Everest

Ford Everest

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Baseado na Ranger, o utilitário esportivo faria sucesso por aqui brigando com Toyota SW4 e Chevrolet Trailblazer. Especulações apontavam para sua chegada em 2014, quando seria revelado durante o Salão do Automóvel, mas ele não veio. Mesmo assim, fontes internas da Ford afirmavam que o Everest ganharia as ruas brasileiras. Os planos mudaram e o SUV foi descartado. 

Hyundai Veloster Turbo

Hyundai Veloster Turbo

A passagem do Veloster pelo Brasil foi um fiasco: as propagandas enganosas informavam equipamentos e números de potência inexistentes no modelo comercializado por aqui, sendo fonte de piadas e ações judiciais. O motor 1.6 era o mesmo do irmão mais barato HB20, com 128 cv – insuficientes para darem o desempenho esperado ao modelo. A Hyundai, porém, percebeu a falha e retirou o Veloster de linha, anunciando a venda da configuração turbo do hatch. Ele nunca deu as caras, fora a apariação no Salão de 2014.

Kia Rio

Kia Rio

Apesar do nome que remete a um estado brasileiro, o Rio nunca colocou as rodas nas praias cariocas. E em nenhum outro terreno do país. As promessas, porém, são de longa data. Entre diversos adiamentos, o hatch da Kia foi confirmado para chegar este ano, durante as Olimpíadas. Não mais. De acordo com a marca, ele chega em 2017 para brigar com New Fiesta, C3, 208 e Fox. Uma nova data de lançamento, porém, não seria surpresa.

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Kia Soul EV

Kia Soul EV

O anúncio da isenção de impostos para carros híbridos e elétricos surtiram efeitos imediatos na Kia do Brasil. A marca anunciou a importação da versão elétrica do Soul, mas os planos subiram no telhado por, ao menos, três motivos. O mercado brasileiro enfrenta um momento delicado, as cotas de importação para quem não tem fábrica no país (caso da Kia) são limitadas e os preços do Soul EV seriam absurdamente altos (considere que as versões convencionais partem da faixa de R$ 90.000).

Lifan X50

Lifan X50

Mais um exemplo de modelo que foi mostrado em 2014, durante o Salão do Automóvel, e nunca mais apareceu por aqui. O chinês com frente de Opel e traseira de Alfa Romeo promete atrativos para o mercado brasileiro, como boa lista de equipamentos e aspecto de SUV para concorrer com EcoSport e Duster. Entretanto, mais uma vez, a economia brasileira estagnou o processo e o X50 ainda não chegou. A fabricante, porém, garante sua chegada.

Renault Clio Estate

Renault Clio Estate
Renault Clio Estate ()
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Há três anos, lá em 2013, uma notícia animadora chegava ao Brasil pela boca da Renault: o Clio Estate seria lançado em 2014, junto do Captur. No fim, nenhum veio. A perua do Clio segue sem perspectivas de um dia desembarcar em terras brasileiras, especialmente pelo segmento extinto das peruas no país. O Captur deve ter destino diferente com a criação do Kaptur (com K), um projeto voltado a mercados emergente que deve vir ao Brasil.

Renault Megane R.S.

Renault Megane R.S.

Além do conceito da picape Oroch, o Megane R.S. foi uma das atrações da Renault no Salão de São Paulo há dois anos. O hatch foi prometido para o mercado local, onde não deveria custar menos de R$ 150.000 — talvez um dos fatores responsáveis por seu lançamento não ter saído do papel. A propósito, não se anime ou diga que estamos errados caso aviste um desses rodando por aí: a fabricante importou algumas unidades para o Brasil, todas dedicadas à imprensa e aparições em eventos – um deles, inclusive, foi testado por nós.

Volkswagen Golf GTE

VW Golf GTE

A versão híbrida de apelo esportivo do Golf também deu as caras no Salão de São Paulo, mas não apareceu nas lojas até hoje. No entanto, a Volkswagen apontou, recentemente, que o GTE está em testes e deve chegar ao Brasil — não é difícil encontrar na web flagras do modelo rodando pelas estradas brasileiras. A promessa, porém, ainda fica no ar.

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