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De Tomaso Pantera: sangue latino

Sucessor do GT40, o Pantera foi a obra-prima de De Tomaso, em parceria com a Ford

Por Fabiano Pereira
28 abr 2017, 18h49
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  • O desenho era uma criação do estúdio italiano Ghia
    O desenho era uma criação do estúdio italiano Ghia (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Piloto que chegou a correr na F-1, Alejandro De Tomaso era argentino. Corajoso, decidiu produzir seus próprios carros em Modena, quintal da Ferrari. Alejandro começou construindo o chassi que usaria nas pistas adicionando um motor da Maserati e, mais tarde, da Ford, mas foi como criador de superesportivos que ele encontrou seu caminho, mesmo em meio à farta concorrência local.

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    O primeiro modelo de rua da marca surgiu no Salão de Turim de 1963. Era o Vallelunga, com seu motor 1.5 do Ford Cortina. Em 1966 veio o Mangusta, desenhado por Giorgetto Giugiaro, e em 1970 chegou a obra-prima de De Tomaso, o Pantera.

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    Mais de 7.200 Pantera foram produzidos em 23 anos
    Mais de 7.200 Pantera foram produzidos em 23 anos (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Foi o ápice da parceria entre a marca e a Ford, que já havia tentando comprar a Ferrari. Lançado no Salão de Nova York, o Pantera era uma releitura dos sucessos da Ford em corridas nos anos 60, em especial o GT 40. Sobre estrutura monobloco, sua carroceria de aço desenhada pelo americano Tom Tjaarda, do estúdio Ghia, era moderna e tipicamente italiana.

    Atrás dos bancos ficava o motor Ford V8 351, de 5,8 litros e 310 cv, e o câmbio manual ZF de cinco marchas. A suspensão era independente nas quatro rodas, todas com freio a disco. Ele ia de 0 a 100 km/h em 5,6 segundos e atingia 260 km/h. Nos Estados Unidos, era vendido em autorizadas Lincoln-Mercury, com direito a vidros elétricos e ar-condicionado.

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    O V8 de 310 cv era instalado em posição central traseira
    O V8 de 310 cv era instalado em posição central traseira (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    O Pantera faz jus a seu nome, como prova o exemplar 1972 das fotos. Suas respostas são agressivas e a aceleração, violenta. Dosar o pé é essencial. Bem atrás do piloto, o motor faz o corpo todo vibrar. Pelo retrovisor, vê-se o filtro de ar trepidar. Sentem-se as imperfeições do asfalto nas mãos.

    O cinto de segurança pode ser usado nos três pontos, só na faixa abdominal ou só na transversal. Os engates do câmbio são facilitados pela grelha clássica, embora a alavanca e a embreagem sejam relativamente pesadas.

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    Velocímetro e conta-giros separados no painel e câmbio guiado pela grelha
    Velocímetro e conta-giros separados no painel e câmbio guiado pela grelha (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    A parceria De Tomaso e Ford se encerrou no fim de 1974 e, com ela, a importação do Pantera para os EUA. Mas novas versões renovariam o ânimo do felino e reforçariam seu apelo para a preparação e a customização.

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    O Pantera GT5 de 1980 ganhou vários itens aerodinâmicos que deixaram o visual mais pesado. Cinco anos depois, o GT5-S trouxe a primeira mudança profunda no visual, com nova frente.

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    Criador dos Lamborghini Miura e Countach, Marcello Gandini atualizou o desenho do Pantera em 1989, junto com melhorias mecânicas e estruturais. O visual ficou mais retilíneo e carregado, com spoiler e acessórios aerodinâmicos. Agora o modelo usava um chassi tubular. Rodas de liga com freios Brembo ventilados e nova suspensão completavam o pacote.

    Em 1991, ganhou um V8 Ford de 5 litros, com muita eletrônica e 305 cv. O Pantera só morreria em 1993, após 23 anos de vida, mostrando o tamanho do fôlego desse gato selvagem.

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    AMC AMX/3

    (reprodução/Internet)

    Caso próximo ao do Pantera é o AMX/3 (acima). Desenhado por Richard Teague para a AMC, o conceito foi produzido em Turim, com direito a um V8 6.4 de 345 cv. O projeto foi cancelado após seis carros fabricados por questões de preço, emissões e normas de segurança.

    Ficha técnica – De Tomaso Pantera 1972

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