Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Corvette Sting Ray 1963: plástico fantástico

Ele materializa em fibra o espírito esportivo americano sobre rodas

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 10 fev 2017, 09h33 - Publicado em 9 fev 2017, 17h54
  • Seguir materia Seguindo materia
  • corvette sting ray 1963
    Corvette Sting Ray 1963 ()

    Existem carros americanos clássicos – e existem algumas instituições sobre rodas criadas em Detroit. Dentre essas parece haver consenso, entre fãs e detratores, de que o Corvette é a maior delas. E esse caso de amor com a América já dura mais de 50 anos. Exibido como um carro-conceito na exposição Motorama em Nova York, em janeiro de 1953, ele destoava de tudo que era feito pelos grandes fabricantes americanos.

    Era um roadster ao estilo europeu com a primeira carroceria de fibra de vidro produzida em série no mundo, o que mais tarde lhe renderia o apelido de “Plástico Fantástico”. Foi criado para diluir a popularidade dos Ford entre o público jovem e fã de personalizações. O entusiasmo na exibição foi tal que no segundo semestre o esportivo já estava em produção.

    Com câmbio automático Powerglide de duas velocidades, seu motor Blue Flame de seis cilindros produzia só 150 cavalos brutos. Mas as vendas não foram animadoras. Para mudar a situação, agravada pelo sucesso do recém-lançado Ford Thunderbird, criaram um V8 opcional de 195 cavalos para 1955.

    Corvette Stingray 1963
    O vidro “split-window” marcou a segunda geração, lançada em 1963 ()

    Injeção de combustível

    A virada mesmo, nas vendas e na esportividade de fato, começou no modelo 1956, com remodelações na frente e na traseira, além de um V8 básico de 210 cavalos, passível de ganhar mais 15 com carburação dupla. Câmbio de três marchas era opcional. Outras melhorias que atraíram os 3467 compradores do Corvette naquele ano-modelo (contra 674 no ano anterior) foram a opção do teto rígido removível e os vidros rebaixáveis nas portas.

    Continua após a publicidade

    A potência e as vendas aumentariam nos anos seguintes. Em 1957, o motor partia de 250 cavalos, mas a injeção de combustível o fazia render 283 cavalos na versão top. Uma quarta marcha já estava disponível. Entradas de ar laterais e faróis duplos chegaram no ano seguinte e os instrumentos, antes espalhados no painel, estavam concentrados na frente do motorista.

    A versão com injeção de combustível de 1960 já rendia 315 cavalos e, em 1961, a traseira adotou um estilo chamado “cauda de pato”. Foi o último ano em que o Corvette veio em duas cores. No ano seguinte, o V8 327 substituiu o 283. Em 1963, a Chevrolet surpreendia com a segunda geração.

    Corvette Sting Ray 1963
    A versão de 1963 é a mais disputada entre os colecionadores fãs do Corvette ()

    O Corvette ganhava, pela primeira vez, uma versão cupê, o clássico Sting Ray split-window, com o vidro traseiro envolvente dividido ao meio. O V8 327 produzia de 250 a 360 cavalos, dependendo da versão. A suspensão traseira passou a ser independente. Mas foi o novo estilo anguloso que mais causou sensação.

    Continua após a publicidade

    Os faróis redondos duplos agora eram escamoteáveis, dando um ar futurista ao Corvette. O modelo respondeu por metade das 21513 unidades vendidas, mas o característico vidro traseiro perdeu a divisão que lhe rendeu o apelido em 1964. Isso fez do cupê 1963 talvez o mais disputado clássico entre os Corvette.

    Na linha 1965, o V8 396 de 425 cavalos pegava carona na era dos muscle cars e ia de 0 a 96 km/h em 5,7 segundos. No último ano dessa geração, o motor V8 427 topo-de-linha contava com 435 cavalos.

    Para 1968, a Chevrolet preparou a primeira das quatro gerações seguintes do Corvette, encerrando o que especialistas consideram a era clássica do modelo, mas garantindo muitos outros anos gloriosos de mercado.

    Pai do Vette

    1953-chevrolet-corvette-side-view
    Lançado em 1953, o “Vette” era a aposta esportiva da General Motors ()
    Continua após a publicidade

    Embora o primeiro Corvette tenha sido fruto da engenharia da Chevrolet e do designer Harley Earl, quem fez dele um mito americano foi o engenheiro Zora-Arkus Duntov, um belga descendente de russos. Após ver o Corvette em 1953, escreveu ao engenheiro-chefe Ed Cole sugerindo melhorias no desempenho. Cole gostou e o contratou. Na linha 1955, estreava o primeiro V8.

    Ficha técnica

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.