Ele já comprou carros por foto, percorreu mais de 1.200 km para buscar o veículo recém-adquirido, rondou por um ano uma casa que tinha na garagem uma versão cobiçada e adquiriu seu primeiro automóvel sem freios nem faróis, só porque era um Opala Diplomata.
Essas e outras loucuras fazem parte da construção da coleção de 12 Opala SS do paulistano Claudio Szakal, 42 anos.
Foi na adolescência, no fim dos anos 80, que começou sua paixão pelo Chevrolet Opala. “Os Opala eram os que mais chamavam atenção nas ruas, para mim eram os mais bonitos e equipados”, diz Szakal, que comprou o primeiro, um Diplomata 1980 em péssimo estado, após guardar alguns salários do primeiro emprego.
“A paixão por carros eu herdei do meu pai, que trabalhava na Ford, mas me encantei por um modelo da grande rival, a GM, para desespero dele”, diz Szakal, brincando.
O amor pela versão esportiva SS surgiu mais tarde. “Estava voltando para casa – de Opala, é claro -, quando freei com tudo ao ver aquela máquina com duas faixas pretas pintadas no capô. De alguma maneira sabia que aquele carro ia ser meu”, diz Szakal, que insistiu por um ano com o proprietário, passando toda semana em sua casa, para vender o SS – mas no fim o carro foi negociado para uma loja.
“Consegui descobrir o endereço da família que o comprou e, após alguns meses, eles me venderam meu primeiro SS.” Tratava-se de um SS 1976 com motor seis cilindros 250-S, considerado pela QUATRO RODAS, na época, o carro nacional mais veloz.
A coleção engrenou desde então e, quando se deu conta, já estava com os 12 Opala. “Eu tercerizo a parte mecânica e pintura, mas todo o resto eu faço na minha garagem”, diz Szakal, que nos fins de semana anda com os SS e escolhe um dia de semana para ir ao trabalho.
“Tenho um Golf GTI novo, mas quando vou de SS minha emoção é muito maior. Posso ficar horas no trânsito paulistano. Melhor que terapia”, afirma ele.