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Como avaliar o sistema de som do seu carro

Grife do ramo de som de alta definição mostra como testar o áudio e garantir mais qualidade sonora

Por Diego Dias
Atualizado em 22 ago 2022, 12h39 - Publicado em 30 jun 2016, 21h05
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  • Harman

    No universo automotivo, existem pessoas que parecem se importar mais com o sistema de som automotivo a bordo do que com o próprio carro. Você não precisa chegar a tal extremo, mas pode – e deve – saber como identificar um projeto de boa qualidade. A Harman, uma das fabricantes mais renomadas desse setor, detentora de marcas como Harman Kardom, Bang & Olufsen, Bowers and Wilkins e JBL, recentemente publicou um guia passo a passo sobre como fazer uma avaliação criteriosa utilizando apenas uma ferramenta: seu ouvido.

    LEIA MAIS:

    >> Top Ten: A evolução do som automotivo ao longo de décadas

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    Segundo o engenheiro-chefe de acústica Arndt Hensgens, o interior de um carro é um dos ambientes mais difíceis para se alcançar uma grande qualidade sonora. Materiais como plástico, tecido, couro e vidro absorvem e refletem as ondas sonoras em proporções diferentes. Outro porém é o desenho da cabine, que difere de modelo para modelo e aumenta ainda mais a complexidade para se atingir o nível de sonoridade desejado.

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    Harman

    Os testes para avaliar a qualidade dos sistemas Harman instalados nos Audi, BMW e Volvo (entre muitas outras) são feitos por profissionais chamados de “Golden Ears”. Eles incluem variáveis no número de passageiros a bordo, velocidade, tipo de superfície percorrida e tipo de motorização. Também devem ser levados em conta os estilos de música que os clientes de cada modelo tendem a gostar mais.

    Harman

    Antes da audição

    Primeiro, redefina os controles de áudio (graves, agudos, balanço, fade) para ‘0’ ou normal. Crie uma playlist com arquivos em alta definição de áudio (no caso de arquivos em MP3, que sejam com 320 kpps) para ser reproduzida no dispositivo de sua preferência (iPod, smartphone, pen drive ou mesmo num CD). A escolha das músicas pode seguir seu gosto pessoal, mas é recomendado que ela seja eclética, abrangendo estilos musicais diversos, e com gravações que permitam distinguir instrumentos com clareza.

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    Os “Golden Ears” da Harman possuem seu próprio Top 5 de músicas ideais para a tarefa. Confira clicando nos links:

    1)  Cassandra Wilson – Fragile

    2) The Yuri Horning Trio – Walking On The Moon

    3) Eva Cassidy – Fields of Gold

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    4) Allan Taylor – Colour to the Moon

    5) Mussorgsky – Pictures at an Exhibition, Fritz Reiner Chicago Symphony Orchestra

    Agora é hora de analisar o que está sendo ouvido. Para isso, vamos dividir a audição em quatro partes:

    1 – Resposta dos graves

    Segundo a Harman, é essencial não apenas ouvir, mas também sentir (com o corpo mesmo) a presença, o equilíbrio e a extensão das baixas frequências (os graves, responsáveis pela “batida” do som). Eles devem ser incisivos, para que cada nota esteja presente distintamente e “fisicamente” em movimento. As baixas frequências, porém, precisam ser equilibradas, sem exageros ou distorções, com boa extensão das notas mais profundas para obtenção de uma resposta suave e natural do sistema. Importante: os graves jamais podem ser tão fortes a ponto de esconder as outras frequências. Por isso, pegue leve no uso de recursos como o Loudness.

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    2 – Uniformidade espectral

    Aqui é necessário que cada região espectral (graves, médios e agudos) seja ouvida de maneira distinta e equilibrada. Os graves vindos de instrumentos como bateria e baixo devem exibir uma transição suave para os médios – que inclui sons de vocais, piano, guitarra e violão. Isso é muito importante para dar aquela sensação de proximidade, como se a música estivesse sendo reproduzida do seu lado. Já os agudos têm de complementar os médios fornecendo detalhes precisos e clareza, sem qualquer sensação de aspereza ou distorção.

    Lexus

    3 – Imagens espaciais

    Nesse aspecto é julgada a localização percebida de cada instrumentos. A projeção do áudio precisa obedecer a uma ordem tridimensional – altura, largura e profundidade – para que ocorra aquela experiência de imersão, como se estivéssemos dentro do estúdio, ou assistindo a um concerto em uma cadeira central, com toda a orquestra (ou banda) se distribuindo da esquerda para a direita. Enquanto o som do vocal principal deve ficar numa posição centralizada, os instrumentos precisam ser naturalmente separados e percebidos por todo o interior do veículo. Os instrumentos também devem variar em altura – como um chimbal que parece estar no alto do palco, enquanto o bumbo soa mais perto do chão.

    4 – Capacidade dinâmica

    Para a capacidade dinâmica, é essencial ouvir o sistema em variadas etapas de volume, sendo que o áudio deverá ser equilibrado e agradável independente do volume selecionado. O som precisa surgir a partir do silêncio total, sem ruídos ou chiados de fundo. Mesmo em volume baixo, a dica é que o grave esteja presente e balanceado com os médios e agudos, possuindo clareza e detalhes. Em volumes altos, o grave deve ser cada vez mais forte, porém ainda equilibrado, sem mascarar o resto. Por fim, a clareza das médias e altas frequências precisam ser acentuadas, sem apresentar aquela sensação de fadiga que dá a impressão de que o alto-falante vai se rasgar ao aumentarmos o volume.

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