Quando a atual geração do Fiat 500 estreou, em 2020. ele veio apenas com motorização elétrica, antecipando as leis de emissão que foram ficando mais rigorosas com o tempo. Porém, o que a Fiat não esperava é que a procura por carros elétricos fosse diminuir tanto, a ponto deles precisarem repensar a sua estratégia.
Depois de uma reunião realizadas entre os dirigentes sindicais, Carlos Tavares, CEO da Stellantis, bateu o martelo e definiu que o 500 terá uma versão híbrida leve em breve. O motivo principal seria a baixa procura por elétricos, ao contrário do que está ocorrendo com híbridos e ICE.
E não precisamos ir muito longe para entender isso. Na Europa, o 500 está disponível tanto na geração atual (apenas EV), quanto na anterior, essa que mantém uma variante híbrida de motorização e que vende mais do que o movido a baterias.
O que falta ser definido é qual trem de força será usado no 500 híbrido da geração atual. Existem duas opções prováveis: a primeira é manter o conjunto híbrido leve da geração passada com o motor 1.0 Firefly de 70 cv. A outra opção é com o motor 1.2 turbo de 100 cv do Jeep Avenger e do Fiat 600, que está cotado para vir ao Brasil.
Em seu portfólio, a Stellantis ainda tem o motor 1.5 usado nos Jeep Renegade, Compass e no Alfa Romeo Tonale, mas ele corre por fora por ser grande demais para um hatch compacto.
A introdução de um novo 500 híbrido também ajudará a Stellantis a amenizar seus problemas com o governo italiano. O grupo está sendo pressionado por priorizar mais fábricas no exterior, como na Sérvia e Polônia, do que as plantas na Itália. Agora a meta da Stellantis é produzir 1.000.000 de carros em solo italiano.
Só para o 500, a Stellantis espera produzir ao menos 200.000 unidades ao ano, das quais 125.000 serão da nova versão híbrida. Eles serão feitos na fábrica de Torino, que receberá investimentos para receber o híbrido. O esperado, é que novo 500 híbrido seja lançado até o final de 2025.