A Audi fechou o primeiro trimestre na liderança entre as marcas Premium no Brasil, registrando um novo recorde mensal em março, quando obteve um crescimento de 60% em relação ao mesmo mês de 2014. O resultado é fruto de uma grande ação realizada pela marca, a Audi Open Haus (desde 13/3 e que vai até o próximo dia 12/4), no qual alguns modelos são vendidos com desconto, taxa zero no financiamento (com 60% de entrada), mais IPVA e primeiro ano de revisão grátis. No acumulado do ano, a marca emplacou 3444 unidades e o SUV Q3 foi o modelo mais vendido do segmento premium, enquanto o A3 Sedan ficou na terceira colocação.
“É claro que esse percentual é insustentável”, disse Jörg Hofmann, CEO da Audi do Brasil, em conversa com alguns jornalistas na sede da Audi em São Paulo, referindo-se aos 60% de crescimento em março em relação ao mesmo mês do ano passado. “Mas essas conquistas são fruto de uma estratégia correta de produto, associada à expansão da nossa rede de concessionárias, fortalecimento do nosso pós-venda e também de investimentos recordes em marketing.”
Mesmo as condições instáveis da Economia ou a alta do dólar não fazem com que Hofmann perca o otimismo em relação ao cenário a longo prazo. Hofmann já havia demonstrado todo o seu otimismo em relação ao cenário do segmento Premium no Brasil no “Direções”, Fórum de Tendências da Quatro Rodas, cuja primeira edição aconteceu em novembro do ano passado.
O CEO aproveitou para revelar as próximas novidades da marca no mercado nacional. O próximo lançamento deve ser o novo TT, seguido pela linha A6 e A7 reestilizados, incluindo as versões RS. Hofmann ainda confirmou, em primeira mão, que a versão de entrada do A6 será equipado com o motor de quatro cilindros 2.0 turbo (que, na versão americana, entrega 220 cavalos). No segundo semestre, começam as vendas do A3 Sedan Nacional, já equipado com motor flex, e chega também a reestilização do SUV Q7. A versão nacional do Q3, que segundo o próprio Hofmann superou as próprias expectativas da Audi, virá apenas em 2016.
Em 2014, a subsidiária brasileira foi a subsidiária que apresentou os melhores resultados mundiais da Audi. E, para manter-se firme no plano de chegar a 30 mil unidades vendidas em 2020, a Audi está preocupada também em intensificar o seu trabalho em outras áreas. Muitas das medidas o próprio Hofmann já havia descrito no Fórum Direções. Na parte de pós-venda, ela irá inaugurar um centro de treinamento em São Paulo, localizado na zona Sul, através do qual os funcionários de todas as concessionarias serão capacitados. Já o Centro de Distribuição de Peças em Jundiaí quer garantir o fornecimento de peças de reposição.
Mas o executivo afirmou que a Audi também trabalha na parte financeira, irá lançar o programa Audi Pass, realizado em parceria com a Audi Finance. Com ela, o financiamento é feito com o pagamento de 20% de entrada mais 23 parcelas referentes a apenas 30% do valor do veículo. Depois disso, o cliente tem a opção de fazer o pagamento dos 50% restantes ou oferecer o carro para a recompra em uma concessionária Audi.
Outra novidade é o Audi Approved Plus, programa de vendas de seminovos com revisão e garantia que foi recentemente implantado em concessionárias nas cidades de Curitiba, Blumenau, Belo Horizonte, São Paulo, Ribeirão Preto, Porto Alegre e Rio de Janeiro. Hofmann acredita que há bastante espaço crescimento do faturamento das concessionárias com a venda de usados, revelando um dado interessante. “Na Alemanha, a principal fonte de faturamento das concessionárias são os serviços, seguidos pela venda de usados. A venda de modelos novos aparece apenas em terceiro”, disse.
“Acredito que, aos poucos, chegaremos a um cenário parecido no Brasil. Por isso estamos investindo tanto na qualificação dos nossos serviços como no programa de carros usados.”