Notícias falsas sobre o fim da cobrança do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores, o IPVA, acompanham o candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSC-RJ) há algum tempo – pelo menos desde o fim de 2017.
Ou seja, as fake news sobre o fim do IPVA proposto por Bolsonaro já têm quase um ano. E ainda têm força em grupos de WhatsApp e sites pseudo-políticos.
Se antes falava-se que o candidato, quando no cargo de deputado federal, havia proposto uma lei para acabar com o imposto, agora a falsa notícia é anunciada como promessa de campanha em páginas que simpatizam com o candidato.
Desta vez, fala-se ainda em adotar o modelo de imposto para veículos adotado nos Estados Unidos.
De acordo com a imagem que circula no mundo virtual, carros novos e usados só pagariam impostos quando forem registrados em nome de um novo proprietário, não anualmente.
Essa regra não funciona nos Estados Unidos inteiro, onde cada estado adota sua própria taxação, que ainda pode variar de acordo com a cidade ou condado onde o veículo está registrado.
Em New Hampshire e no Oregon não há taxas para veículos, enquanto no Alasca existem apenas taxas municipais.
Mas em estados como Flórida e Connecticut cobra-se impostos anualmente e em boa parte do país há taxa anual de licenciamento.
Além disso, o imposto cobrado no ato de transferência do veículo pode chegar a 8% de seu valor.
Na Califórnia, onde a taxa é de 7,25% e ainda há impostos para a polícia rodoviária, taxas de poluição e até para a coleta de impressões digitais, registrar um carro novo de 10.000 dólares custa 1.038 dólares, pouco mais de R$ 4.200 ao câmbio atual.
De qualquer forma, seja lá qual for o modelo americano, as notícias sobre a proposta sobre a eliminação do IPVA são falsas.