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Ainda que longe do limite legal, pneu usado é um perigo na chuva

Pode parecer exagero, mas o correto seria que carros com pneu usados tivessem um jogo novo para andar sobre asfalto molhado

Por Péricles Malheiros
Atualizado em 23 nov 2016, 20h54 - Publicado em 12 abr 2016, 18h20
Pneus - TWI
Os “carocinhos” no intervalo entre as bandas de rodagem indicam o TWI ()

Sabe o TWI, aquela espécie de carocinho dentro dos canais dos pneus que indicam o fim da vida útil do pneu? Pois bem, quando a banda de rodagem atinge um nível de desgaste a ponto destes carocinhos também tocarem o esfalto é sinal de que os canais chegaram ao limite mínimo de profundidade tolerado pelas leis brasileiras: 1,6 milímetro. Pessoalmente, acho que este número revela uma tolerância perigosa demais. Vou explicar por que.

Cerca de 20 anos atrás, os pneus mais largos que equipavam os carros de grande volume tinham 175 milímetros de largura. Só os esportivos mais ousados vinham calçados com 186/60. E já naquela época a lei determinava o limite mínimo de 1,6 milímetro de profundidade. E também desde aquela época os TWI estão nos pneus para auxiliar o motorista a ficar atento para hora de determinar a aposentadoria dos mesmos.

Hoje, pneus 175 e 185 estão entre os mais estreitos, não entre os mais largos. E é aí que mora o perigo. Pneus largos são excelentes em asfalto seco, mas tendem a descolar da estrada — passando a tocar somente a água — com mais facilidade que os estreitos, pois a quantidade de água a ser escoada é maior. Quando isso acontece, até o motorista vira passageiro: cuidado, você e a aquaplanagem acabam de se conhecer. Além disso, vale lembrar que carros e até mesmo os pneus andaram emagrecendo bastante nos últimos tempos, por conta do emprego de materiais mais leves em função da busca por menores índices de consumo de combustível e, consequentemente, de emissão de poluentes. E quanto mais leve o conjunto, maior a tendência para aquaplanar.

Pneus - TWI
Pneus mais largos são mais propensos a sofrer aquaplanagem (reprodução/Internet)
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Como editor responsável pela seção de Longa Duração, na qual os carros rodam por 60.000 km nas mãos da equipe de QUATRO RODAS, tenho contato com automóveis que me permitem uma experiência muito clara a respeito dos efeitos do desgaste de pneus — afinal precisamos atingir a quilometragem do teste em pouco mais de 12 meses. Posso lhe garantir: são experiências completamente distintas dirigir um carro com pneus novos e usados

Em alguns países da Europa, há uma recomendação de que, em períodos de chuva, pneus com menos de 2,5 milímetros de profundidade nos sulcos sejam colocados fora de uso, ainda que somente durante o período mais chuvoso. O Brasil deveria seguir este bom exemplo.

Péricles Malheiros é editor da QUATRO RODAS e responsável pelos testes de Longa Duração.

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