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Como a fibra de vidro revolucionou os carros esportivos

No pós-guerra, americanos trouxeram influência européia para os carros americanos - e o fizeram com as próprias mãos, graças ao uso da fibra de vidro

Por Fábio Paiva
Atualizado em 13 dez 2020, 14h15 - Publicado em 19 fev 2016, 14h13
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  • 1949 Kurtis Sport

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    Após o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, os soldados americanos só pensavam em voltar pra casa, encontrar suas esposas e sair para um passeio de carro na California.

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    A definição de carro de passeio para eles, porém, era outra depois de conviverem na Europa com os pequenos e ágeis esportivos do velho mundo – aqueles de dois lugares, sem teto, motor potente e suspensão esportiva. Mas trazer algo como um Jaguar XK para a América não era lá muito barato. Isso acabou fomentou a onda dos hot-rods.

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    Brooks Boxer

    Na década de 1950, parecia que em cada rua americana existia um projeto de carro acontecendo em uma garagem. A grande dificuldade, porém, era criar uma carroceria, pois o material usado era o alumínio, caro e díficil de manusear. Foi o que experimentou o oficial da USAF Ken Brooks, que estava empacado em seu projeto de esportivo próprio.

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    Certo dia, Ken conheceu Bill Tritt, um construtor de barcos de fibra de vidro. Tritt, entendeu os problemas de Ken e apresentou a ele a fibra de vidro, material leve, barato e fácil de manusear. Depois de alguns anos juntos trabalhando dentro de uma garagem, nascia o Brooks Boxer, carro com chassi e motor de um Willys velho, reacerto de suspensão e uma carroceria de fibra de vidro que lembrava muito a do Jaguar XK120.

    GlassparBrooks_01_1000

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    A partir daí, Bill Tritt converteu sua empresa de barcos em uma empresa de carros e lançou o pioneiro Glasspar G2. A eclosão da Guerra da Coréia, em 1951, fez sua operação ir para o buraco antes mesmo de começar. Bill então se se juntou à outra empresa, a Naugatuck Chemical, que assumiu a operação e lançou o G2. Do dia para a noite, surgia uma nova febre de carros artesanais nos EUA.

    Após a revista Life (então a mais importante dos EUA) fazer uma matéria sobre os carros de fibra de vidro, eles se tornaram um sonho de consumo americano. O fato de você poder fazer o seu próprio carro em sua garagem seduziu todo o país. Você comprava um kit e, com poucos recursos, conseguia construir um esportivo na sua garagem.

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    Glasspar_09_10001

    Bill Tritt e Ken entraram para a história, mas outros também se aventuraram nos carros de fibra antes deles. De acordo com a Forgontten Cars, o primeiro carro esportivo de fibra conhecido é o Kaiser Darrin, de 1946. Depois dele veio o Kurtis Sport, de 1949, considerado o  primeiro carro de produção a usar fibra de vidro.

    Kaiser Darrin

    Um dos que puderam dirigir o Glasspac G2 foi Harley Earl, designer da General Motors. Diz a lenda que, a partir dessa experiência e da ascenção dos carros de fibra de vidro artersanais, Earl criou em 1953 o primeiro Corvette, também feito de fibra. E o resto é história.

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