Luis Curi: vice-presidente da Chery Brasil
Produtos feitos na China sempre geraram desconfiança: costumam estar associados ao baixo preço e à má qualidade. E como ficam os veículos feitos na fábrica da Chery inaugurada este ano em Jacareí, em São Paulo? Luis Curi, vice-presidente da Chery Brasil, mostra confiança nesta nova fase da empresa: “Em mandarim, Chery quer dizer sucesso e prosperidade”. O executivo disse na sua palestra que a montadora de apenas 17 anos pretende mudar a imagem negativa dos carros chineses. Para isso, ele quer aliar o melhor dos dois mundos: a tradição da cultura chinesa com o padrão de qualidade das empresas ocidentais. A empresa contratou designers europeus para trabalharem no estúdio de design montado em Xangai e utiliza motores também desenvolvidos na Europa. Mas Curi reconheceu que a marca tem à frente um desafio maior que as montadoras originárias de outros países: precisa provar que a qualidade melhorou. Para isso, aposta no design exclusivo e na renovação de produtos, investindo num público que está comprando seu primeiro carro zero-quilômetro. A produção nacional começou com o Celer, com nacionalização de 50%, que deve subir para 70% em dois anos. A fábrica nasce com capacidade para 50 000 unidades por ano, com previsão de subir para 150 000 até 2018.
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