Espaçoso, confortável e seguro, ele vai bem no asfalto e em trilhas leves, mas poderia ser mais rápido e econômico
Por Felipe Bitu
Atualizado em 15 mar 2018, 11h45 - Publicado em 24 nov 2016, 18h56
Conhecida pela valentia de seus utilitários, a Mitsubishi tem no ASX um carro de passeio que roda confortavelmente por estradas de terra e até encara trilhas leves.
Belo e funcional, ele começou a carreira há quase seis anos e conquistou parte da clientela do Pajero TR4 (especificamente aqueles que rodam mais no asfalto) ao suprir as carências do irmão mais velho: com porte de hatch médio (mede 4,3 metros), oferece espaço interno para cinco ocupantes, porta-malas de 409 litros, dirigibilidade dócil e confortável e bom pacote de segurança, que inclui sempre ABS e airbags frontais.
Uma semelhança com o TR4 é o alto consumo: seu 2.0 16V a gasolina com comandos variáveis e injeção direta rende 160 cv, mas é limitado pelo câmbio CVT, que compromete o desempenho com respostas lentas. Quem gosta de acelerar deve optar pelo câmbio manual ou apelar para trocas nas borboletas do volante.
Vale a pena investir no ASX AWD: por R$ 50.000, ele traz nove airbags (frontais, laterais, quatro de cortina e um de joelhos), controles de tração e estabilidade, tração 4×4 seletiva, assistente de partida em subidas, sensores de ré, de chuva e de faróis, chave inteligente com partida do motor por aproximação, retrovisores rebatíveis, bancos de couro elétricos e ar digital. Teto panorâmico e faróis de xenônio são opcionais bem-vindos.
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A versão 4×2 atrai pouco porque oferece menos itens de série por um valor próximo. Nacionalizado nos modelos 2012, o ASX recebeu discretos retoques, roda aro 18 e revisão em motor e suspensão.
Na linha 2016, o Outdoor aliou câmbio manual e o 4×4: além do visual (bagageiro no teto e apliques de plástico), ele agrada pela dirigibilidade mais suave devido às rodas menores (aro 16) e aos pneus de uso misto e perfil mais alto.
O ASX desfruta da boa reputação dos japoneses, embora seu pós-venda deixe a desejar quando comparado aos rivais de Honda e Toyota. Por outro lado, a nacionalização melhorou a disponibilidade e o valor dos itens de reposição: vale pesquisar o preço nas concessionárias, que quase sempre têm peças para pronta entrega.
A VOZ DO DONO
Nome: Fábio Tabarelli
Idade: 39 anos
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Profissão: empresário
Cidade: Guarulhos (SP)
O que eu adoro:“É muito versátil e ignora as condições da via graças à elevada altura do solo: as suspensões independentes nas quatro rodas garantem conforto e estabilidade, no asfalto ou fora dele.”
O que eu odeio:“A transmissão CVT é o ponto fraco do carro: tem reações muito lentas, apresenta aquecimento no uso intenso em altas velocidades e ainda compromete acelerações, retomadas e até o consumo.”
ONDE O BICHO PEGA
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Teto panorâmico – Os modelos 2010 e 2011 do ASX AWD foram convocados para recall de eventual aplicação de adesivo de fixação no teto panorâmico, por risco de descolamento do vidro.
Câmbio CVT – Assim como o Lancer, as primeiras unidades do ASX chegaram ao país sem o radiador do fluido da transmissão, provocando ruídos e falhas principalmente em altas rotações. Vale a pena certificar se o equipamento foi instalado no período de garantia.
Suspensão – A calibração firme e o curso curto da suspensão cobra seu preço na vida útil de peças como buchas e batentes. Batidas secas e vazamentos são indícios claros de amortecedores sem ação.
Cabeçote – O motor pode apresentar ruídos anormais, vindos da corrente dos comandos de válvulas: óleo de especificação incorreta ou trocas fora do prazo determinado provocam o desgaste precoce desse componente.
Sistema 4×4 – Exige atenção no alinhamento da direção e suspensão da versão AWD, sob risco de desgaste excessivo dos pneus e comportamento dinâmico irregular. Cheque também se o óleo da caixa de transferência e o do diferencial traseiro foram substituídos.
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