Assim como VW Gol GTi 1989 e VW Golf GTI 1999, que entraram para o rol dos carros colecionáveis, seus sucessores também tendem a se tornar cobiçados com o passar do tempo. É o caso do VW Golf GTI de sétima geração.
Importada da Alemanha, a primeira fornada desses GTIs era impulsionada pelo motor EA888 de 2.0 turbo e injeção direta. São nada menos que 220 cv transmitidos às rodas dianteiras por um câmbio automatizado DSG de seis marchas.
O desempenho favorece a dirigibilidade: vai de 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e chega aos 237 km/h de velocidade máxima. Seu comportamento dinâmico é garantido pela suspensão traseira multilink, bloqueio eletrônico do diferencial e controles de estabilidade e tração.
O GTI alemão é facilmente identificado pelo freio de estacionamento eletro-hidráulico e conta ainda com o sistema de iluminação Dynamic Light Assist, sete airbags e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro. A versão de entrada é caracterizada pelos tradicionais bancos de tecido com estampa xadrez.
O opcional mais desejado é o teto solar panorâmico, portanto prepare-se para pagar um pouco mais por ele. Foram oferecidos dois pacotes de opcionais: o Exclusive acrescenta chave presencial e bancos de couro. O Premium adiciona ajustes elétricos aos bancos, multimídia de 8”, sistema de som Dynaudio e sistema de segurança Pro Active.
Em 2014 o GTI passou a ser importado do México: o freio de estacionamento eletro-hidráulico foi substituído pela tradicional alavanca manual e o Dynamic Light Assist cedeu lugar ao controle de farol alto Front Light Assist. Os pacotes de opcionais agora eram três: o Sport (bancos de couro com ajustes elétricos e rodas aro 18); Exclusive (ACC, frenagem de emergência, chave presencial, seletor de modos de condução – Normal/Es-porte/Eco/Individual –, faróis com leds e bixenônio direcionais e multimídia 6,5”); e o Premium (áudio Fender, multimídia 8” com Android Auto e Apple CarPlay e câmera de ré).
Em 2016, o Golf passou a ser produzido em São José dos Pinhais (PR). Levemente reestilizado, o modelo 2018 recebeu um novo mapa de injeção para render 230 cv a 4.700 rpm e ganhou o painel com tela de 12,3”.
Independente do país de origem, o GTI é conhecido pela robustez, confiabilidade e facilidade de manutenção. Mas fique atento à procedência: ignorar o histórico de manutenções é dor de cabeça certa: restaurar um GTI “surrado” é uma brincadeira que pode custar mais de R$ 30.000.
Defeitos do Golf GTI
Preparação – Queridinho das oficinas de preparação, o GTi foi um dos modelos que mais sofreram modificações no gerenciamento do motor, com aumento de pressão do turbocompressor e remapeamento dos sistemas de injeção e ignição. Os ganhos em torque e potência costumam abreviar a vida do motor.
Bomba d´água – O motor EA888 do GTI utiliza uma bomba d`água com válvula termostática variável integrada, notória pela propensão a vazamentos. Verifique a estanqueidade do sistema a cada cinco anos ou 50.000 km: mesmo sem vazamentos vale a pena realizar a troca preventiva do componente.
Cabeçote – Mesmo combinando os sistemas de injeção direta e indireta, o motor EA888 ainda é vulnerável à carbonização das válvulas de admissão. A carbonização também pode afetar os bicos da injeção direta, problema que só é solucionado com a substituição da peça.
Transmissão DSG – O câmbio automatizado de dupla embreagem DQ250 requer substituição do fluido a cada 60.000 km ou na sexta revisão, o que vier primeiro. Eventualmente também se faz necessário realizar a reprogramação do módulo de controle do câmbio, o que pode encarecer o serviço.
Coxins do motor – Produzidos em borracha, estão sujeitos ao ressecamento causado pelos ciclos térmicos do motor ao longo da vida útil do automóvel. O uso de componentes não originais pode resultar no aumento de vibrações no interior do veículo.
Suspensão e direção – O desgaste excessivo de buchas, batentes e outros componentes pode causar ruídos anormais na suspensão. Verifique o estado dos amortecedores e também os batentes superiores da suspensão dianteira, que costumam ressecar e apresentar rangidos ao esterçar o veículo.
A voz do dono
Nome: Joel Augusto Picelli Filho
Idade: 46 anos
Profissão: Leiloeiro oficial
Cidade: Jaguariúna (SP)
O que eu adoro:
“A dirigibilidade do carro é incrível: é rápido, veloz e muito obediente aos comandos. Sua média de consumo é de 13 km/l: baixíssimo pelo tanto que anda. É um carro alemão perfeito: robusto, bem construído e discreto.”
O que eu odeio:
“Não apresentou nenhum defeito, mas a concessionária recomendou a substituição da bomba d´água aos 60.000 km. O sistema de injeção direta também requer cuidados com a carbonização.”
Preço médio dos Golf GTI usados* (KBB Brasil)
Preço das peças do Golf GTI
Nós dissemos
Junho de 2013 “Este 2.0 TSI usa a mesma base da versão anterior (apesar do novo cabeçote), o que inclui um pacote de tecnologias como a injeção direta e indireta (a central escolhe o tipo de injeção mais eficiente em cada situação), duplo comando variável de válvulas, start-stop e dupla sobrealimentação – um turbo que funciona em médios e altos giros e um compressor tipo Roots para baixas e médias rotações. As mudanças no motor permitiram que seu consumo fosse baixo.”
Pense também em um…
Volvo V40 – Entrega boa dose de esportividade: sob o capô está um motor de 2 litros com turbo e injeção direta que rende 35,7 kgfm e 245 cv, e transmissão automática sequencial de oito marchas. A dirigibilidade também é favorecida pela suspensão firme, sem abrir mão do conforto. O acabamento interno está em paridade com as alemãs de luxo. Como em todo Volvo, a segurança é prioridade: são 5 estrelas no Euro NCAP e o pacote Safety inclui ainda airbag para pedestres.