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Stellantis será ‘mais chinesa’ para ganhar mercado de carros elétricos

Carlos Tavares, presidente-executivo da Stellantis, acredita que a melhor forma de 'ganhar dos chineses' é utilizando seus próprios métodos

Por Lucas Parente
Atualizado em 30 set 2024, 15h42 - Publicado em 30 set 2024, 15h00
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  • Os chineses têm dominado o mercado automotivo no segmento de carros híbridos e elétricos. A cada semana é um novo lançamento ou uma nova tecnologia desenvolvida nos carros da China. Além disso, o baixo custo de produção ajuda os modelos a custarem muito menos que o restante do mercado.

    Partindo dessa narrativa, o CEO da Stellantis, Carlos Tavares, veio a público afirmar que a melhor forma de competir com os veículos que estão nascendo na China é adotar o mesmo planejamento: baixo custo e valores menores.

    Isso quer dizer que a Stellantis deve se “tornar uma montadora chinesa” para poder bater de frente com os grandes rivais que têm aparecido. Essas são palavras do próprio CEO

    Carlos Tavares aposta forte no etanol brasileiro
    Carlos Tavares, CEO da Stellantis. (Divulgação/Stellantis)

    A empresa já está em busca disso, desde que comprou 21% da montadora chinesa Leapmotor em outubro do ano passado.

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    Alguns dos produtos advindos desta parceria já estão confirmados no Brasil e passam por testes em nosso território. Modelos como o pequeno T03, famoso Mobi elétrico, e o grande SUV C10 foram flagrados por QUATRO RODAS. A Leapmotor também já possui um site oficial no Brasil.

    C10 Leapmotor
    Leapmotor C10 (Leapmotor/Divulgação)

    Além do Brasil, a marca também implantará seus novos modelos na Europa. A produção dos carros da Leapmotor já iniciaram na fábrica da Stellantis em Tychy, na Polônia. Tavares também cogita produzir carros da marca chinesa na América do Norte, mas há alguns empecilhos para isso.

    Esta estratégia da Stellantis se dá muito pelo posicionamento de Carlos Tavares, que é totalmente contra as altas tarifas impostas contra carros chineses na Europa e Estados Unidos. Para ele, isto é “uma grande armadilha para os países que seguem esse caminho”, já que esse movimento não encoraja os fabricantes de automóveis ocidentais a fazer mudanças e superar o produto dos chineses.

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    Leapmotor T03 que pode ser produzido pela Stellantis
    Leapmotor T03 ou “Mobi elétrico” (Leapmotor/Divulgação)

    A Stellantis não é o único grupo ocidental que recorreu a empresas chinesas “solicitando” ajuda na trânsição energética. A Volkswagen, que está bem atrasada em seu processo de eletrificação, fechou parceria com a startup chinesa EV Xpeng para co-desenvolver dois EVs. A Audi trabalhará junto com a SAIC para novos EVs.

    Mesmo com todos os desafios enfrentados pela indústria, a Stellantis segue firme em seus planos. Até 2030, a marca espera vender apenas elétricos na Europa, bem como 50% de suas vendas serem representadas também por elétricos nos EUA. No Brasil, a chegada dos novos carros da Leapmotor serão de grande ajuda para a disputa do segmento no mercado brasileiro.

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