A Renault acaba de transformar o monovolume Espace em um SUV. Agora, chegou a hora de conhecer o Rafale, outro SUV, que usa a mesma base de Espace e Austral, mas que tem carroceria tipo cupê. E, se visualmente é mais esportivo, também lhe cai bem a versão híbrida plug-in com 300 cv e tração integral.
“O novo Renault Rafale está no centro do plano estratégico da Renaulution, simbolizando nossa entrada na classe superior do mercado e mostrando que estamos bem representados em todos os segmentos. Com sua propulsão híbrida e um chassi de referência, o Rafale oferece um prazer de dirigir sem precedentes”, opina Fabrice Cambolive, CEO da Renault.
Batizado com o nome do avião de corrida monolugar C460, que recebeu o nome Rafale em 1934, o SUV cupê de classe média alta quer posicionar a marca Renault ainda mais acima, potenciando maiores margens de lucros. Aliás, essa foi uma das prioridades definidas imediatamente pelo atual presidente do Grupo Renault, o italiano Luca De Meo, que depressa diminuiu a importância dos carros menores na montadora francesa e colocou o foco em automóveis maiores.
Com 4,71 metros de comprimento, o Rafale é feito sobre a plataforma modular CMF-CD da aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. A motorização padrão é a mesma do recém-lançado Espace, que é movido por um motor 1.2 de três cilindros com 130 cv, aliado a outros dois motores elétricos, e câmbio automático.
O resultado é que o motorista tem 200 cv disponíveis, que, no entanto, só são colocados na estrada pelo eixo dianteiro. O acionamento elétrico oferece 70 cv e é alimentado por uma pequena bateria de íons de lítio com capacidade de 2,0 kWh e 400 volts.
Um segundo motor elétrico de 25 cv atua como gerador no arranque e garante a troca de marchas, contribuindo para atingir um consumo médio de 21,3 km/l, segundo a marca.
O Rafale mais esportivo só deverá chegar na segunda metade de 2024. Por enquanto, o que se sabe sobre a variante é que será híbrida plug-in (ou seja, com necessidade de recargas em correntes elétricas), com tração integral e terá 300 cv de potência.
Por dentro, o novo SUV apresenta um painel moderno com duas telas, cada uma com 12 polegadas, além de um head-up display e bancos com apoio lateral reforçado. Um grande teto panorâmico pode ser total ou parcialmente sombreado com o apertar de um botão, mesmo sem persiana – como já acontece em BMW iX e Porsche Taycan. A tecnologia vem da aviação e é utilizada no Boeing 787 Dreamliner.
No entanto, apesar do segmento premium, os bancos não serão revestidos em couro. Quem quiser elevar o nível de sofisticação a bordo terá que optar por bancos cobertos por Alcantara, que, dependendo da versão, podem exibir o logotipo da divisão esportiva Alpine iluminado. Graças ao entre-eixos de 2,74 metros, o Rafale oferece bom espaço para até cinco ocupantes e um porta-malas de 647 litros.
Um total de 32 sistemas de assistência ao motorista e eletrônica de bordo com inteligência artificial, que auxilia o motorista ao volante com dicas, contribuem para o conforto e a segurança.
Tal como seus modelos irmãos Austral e Espace, o Rafale será produzido na fábrica espanhola de Palencia. O lançamento no mercado europeu é em março do ano que vem, mas não há previsão para chegar ao Brasil.