A Toyota vem dando cara nova a carros que nunca foram sinônimo de emoção e agressividade. Depois do banho de loja do Prius, é a vez do Toyota C-HR estrear sua reestilização, com profundas mudanças tanto estéticas quanto mecânicas.
Externamente, nada chama tanta atenção quanto a pintura bicolor, que vem sendo adotada pela japonesa em diferentes modelos — e com cada vez mais presença da cor secundária. Na versão esportivada GR Sport, por exemplo, prata e preto se dividem pela carroceria. Além disso, há rodas de aro 20 exclusivas da versão.
Comuns a toda a linha estão alterações como a nova dianteira, com faróis finos e em forma de pinças — os mesmos do novo Prius. O para-choque também ganhou novo formato e, na traseira, lanternas que lembravam a antiga geração do Civic deram lugar a uma extensa régua que ligam uma coluna C à outra.
A transformação interna também foi sensível: no painel, a tela multimídia assimétrica deu lugar a uma central flutuante de 12,3’’; o quadro de instrumentos, dependendo da versão, também pode ser digital e do mesmo tamanho. Também há opção de criar uma chave virtual do carro para comandá-lo via celular, escolher 64 opções de cores diferentes para as luzes internas, entre outras comodidades.
A versão GR Sport ainda inclui emblemas da divisão esportiva em bancos e volante, bancos em concha, head-up display e sistema de som JBL. O teto solar panorâmico é de série, mas a opção de abri-lo não foi considerada pela Toyota, que optou por economizar peso e investir em vidro que evita o efeito estufa.
Mecânica
O novo C-HR estreará apenas com opções eletrificadas; quatro ao todo. A mais simples une motor 1.8 aspirado a motor elétrico em arranjo híbrido convencional, sem conexão à tomada (HEV), que rende 140 cv e vai de 0 a 100 km/h em 9,9 s — é basicamente a mesma configuração do Corolla nacional.
Há uma outra versão HEV, com motor 2.0 e tração integral opcional, que é provida não pelo uso de cardan, mas pelo posicionamento do motor elétrico no eixo traseiro. Nesse caso, a potência chega aos 198 cv e o C-HR vai de 0 a 100 km/h em 7,9 s.
Também estarão à venda variantes híbridas plug-in, sempre com uso do motor 2.0 e potência de 223 cv (os números de torque não foram revelados). Nesse caso, o C-HR priorizará a condução em modo elétrico, recorrendo à gasolina apenas em viagens mais longas, por exemplo.
A Toyota investiu pesado na calibração do software de gestão energética do carro, que traz até uma função curiosa de utilizar o GPS para desligar o motor 2.0 a depender de onde ele circula — por exemplo, em zonas de poucas emissões já instuitídas por algumas cidades europeias. Com a bateria carregada, o C-HR pode rodar 66 km em regime elétrico.