Transformar veículos a combustão em elétricos tornou-se algo corriqueiro na indústria. O movimento inverso, porém, ainda não aconteceu. Mas, ao que tudo indica, a Fiat poderá ser pioneira ao converter o 500e, modelo nascido como elétrico, em um híbrido. O motivo? A desaceleração nas vendas dos elétricos, já percebida por diversas outras montadoras.
De acordo com o jornal italiano Corriere della Sera, a Fiat poderá dar um passo atrás na eletrificação adaptando um conjunto híbrido-leve no 500e. O motor seria o já conhecido 1.0 de três cilindros com 70 cv, auxiliado por um sistema elétrico de 12V usado no Panda.
É a mesma combinação do 500 de antiga geração, ainda à venda na Europa, mas que deverá ser descontinuado até julho deste ano por não atender às atuais normas de segurança europeias. Ele seguirá vivo, porém, na África, enquanto a motorização terá sua produção transferida da Polônia para a Argélia, estrategicamente mais adequado para a produção africana do subcompacto.
Sem o modelo emblemático em terras europeias, a Fiat estaria planejando, então, a conversão do modelo elétrico para híbrido-leve – que poderá ser produzido na mesma fábrica do elétrico, em Torino, na Itália.
Mas isso não deverá acontecer antes de 2026, já que há trabalhosos e demorados processos a serem feitos, justamente pelo movimento incomum e inverso ao que se viu até agora, mesmo que a plataforma seja compatível. Assim, haverá um grande espaço de tempo sem um Fiat 500 a combustão.
Dados da Data Force embasam a motivação para a “volta atrás”. Em 2023, mais de 104.000 Fiat 500 a combustão, da antiga geração, foram comercializados na Europa. Em contrapartida, foram 62.000 da geração mais nova, que é sempre elétrica.