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Clássicos: Fiat Prêmio CS, um sedã espaçoso como o Uno

Derivado do Uno, o pequeno Prêmio era pródigo na hora de acomodar a tralha

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 31 Maio 2024, 17h26 - Publicado em 12 fev 2021, 19h43
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  • A tampa do porta-malas abria até a altura do para-choque
    A tampa do porta-malas abria até a altura do para-choque (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Lançado em 1985, o Fiat Prêmio fez mais que abrir caminho para o fim do Oggi. Se por fora copiava o desenho do Uno até as colunas centrais, sob o capô trazia um inédito motor 1.5 de 71,4 cv, potência próxima demais à do Uno SX, versão mais esportiva do hatch.

    Até as colunas centrais, o Prêmio era igual ao Uno
    Até as colunas centrais, o Prêmio era igual ao Uno (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    “Mas, em função de seu torque bem maior – 12,3 kgfm contra 10,6 kgfm do Uno SX, à mesma rotação de 3.000 rpm –, oferece bem mais elasticidade e permanente sensação de mais potência disponível”, disse Claudio Carsughi na estréia do modelo na QUATRO RODAS, em março de 1985.

    A tampa do porta-malas abria até a altura do para-choque
    A tampa do porta-malas abria até a altura do para-choque (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Fora isso, o desempenho do Prêmio foi considerado adequado ao segmento, algo positivo levando-se em conta os cerca de 17% a mais de peso, totalizando 934 kg. Câmbio, rodas, pneus e a direção também vieram do Uno.

    Além do motor mais forte, espaço, conforto e acabamento eram outras apostas da Fiat para diferenciá-lo do hatch. Por ser fixo, o encosto do banco traseiro ficou 8 cm mais largo. O fácil acesso a ele, a qualidade da ventilação e a estabilidade que, para Carsughi, inspirava “total confiança”, eram outros destaques.

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    Mesmo na versão duas portas, acesso fácil ao banco traseiro
    Mesmo na versão duas portas, acesso fácil ao banco traseiro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Uma edição depois, o Prêmio CS enfrentava o Voyage Super, este com um novo câmbio de cinco marchas. No desempenho, os dois tiveram resultados equilibrados. “Quase iguais na velocidade máxima, em torno de 157 km/h, o Voyage mostrou, contudo, melhores acelerações (0 a 100 km/h em 14,27 segundos) e o Prêmio, melhores retomadas (40 a 100 km/h em 25,94 segundos). Empate.”

    A precisão do câmbio e da direção, a posição ao volante e o conforto (faltava ao Prêmio ar-condicionado até como opcional) favoreceram o Voyage. O Fiat se saiu melhor em nível de ruído, porta-malas e instrumentos.

    O interior espaçoso e o painel com desenho racional eram marcas do Fiat Prêmio
    O interior espaçoso e o painel com desenho racional eram marcas do Fiat Prêmio (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Ao enfrentar o Ford Escort GL na edição de junho seguinte, o Prêmio superou o adversário em sete itens, contra três do Ford. Ele foi mais estável, confortável e silencioso, por exemplo. Começava a ficar claro que nenhum concorrente bateria os 444 litros que cabiam no seu porta-malas. O estepe ia lá na frente, junto ao motor.

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    Para quem dispensava um pouco de desempenho e acabamento por um preço mais atraente, a Fiat ofereceu a partir do segundo semestre de 1985 a versão S, com o motor 1.3 de 58,7 cv e câmbio de quatro ou cinco marchas. A máxima não foi além dos 144 km/h. Se o CS ia de 0 a 100 km/h em 15,98 segundos, o Prêmio S precisava de 17,64 segundos.

    A pressão dos pneus era indicada no painel, abaixo do conta-giros
    A pressão dos pneus era indicada no painel, abaixo do conta-giros (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Já para 1986, a versão 1.5 perdia 64 kg e tinha nova calibragem de motor, o que o deixou mais esperto. A aceleração foi para 15,15 segundos e a máxima a 160 km/h.

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    A versão de quatro portas, chamada CSL, chegou em 1987. Havia também a mesma carroceria com acabamento S. As maçanetas eram salientes e, opcionalmente, havia ar-condicionado. Além de trava central elétrica, uma segunda impedia a abertura por dentro, garantindo a segurança de quem levava crianças atrás. Computador de bordo era opcional, mas tomava o lugar do conta-giros.

    Ainda em 1987, a Fiat começou a exportar o Prêmio de quatro portas para a Europa, onde se chamava Duna. Logo se tornou o décimo carro mais vendido da Itália.

    O motor 1.5 passaria a 82 cv ainda naquele ano. O Prêmio CS 1.5 1988 a álcool das fotos usa esse motor. “Por ser 1.5 é um carro ágil, relativamente econômico e até silencioso”, diz o dono, o paulista Sergio Minervini. “O acabamento é bonito, gosto dos controles satélites ao alcance da mão ao volante.”

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    Controles satélite, um clássico dos Fiat dos anos 80
    Controles satélite, um clássico dos Fiat dos anos 80 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    O painel diferenciado do Duna passou a ser adotado no nosso CSL em 1989, assim como bordas laterais negras, friso unindo as lanternas com elemento fumê, apoios de cabeça vazados, entre outros. Um ano depois, o motor virava 1.6, com 2 cv a mais. Os 13,2 mkgf de torque ajudaram o sedã a atingir os 100 km/h em 12,2 segundos.

    Após receber faróis mais baixos em 1991, o Prêmio se manteve sem maiores alterações até 1995. Os últimos lotes do modelo até foram importados da Argentina com o nome Duna.

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    Em 1997 chegaria seu sucessor, o Siena. Oferecido só com quatro portas, tendência que o Prêmio ajudou a difundir, ele também tinha na capacidade do porta-malas um forte argumento como carro familiar.

    Ficha técnica – Fiat Prêmio CS 1.5 1988

    Teste QUATRO RODAS – março de 1985

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