Lançada em maio de 2010, quando passou a ser importada da Argentina, a Amarok marcou a entrada da VW no segmento de grandes picapes. Inicialmente contava apenas com câmbio manual de seis marchas e duas versões, Trendline e Highline.
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O motor era 2.0 de quatro cilindros turbodiesel de 163 cv, sendo que apenas em 2011 a linha recebeu a adição de uma versão de entrada, com motor de 122 cv.
Quando se fala em picapes de grande porte, a caçamba acaba tendo sua importância, tanto em termos de volume como de carga. Nesse quesito a Amarok vai bem, com 1.280 litros e 1.156 kg, respectivamente.
Apenas para efeito de comparação, a Ranger conta com 1.180 litros e 1.001 kg; a L200, 1.046 litros e 1.000 kg, e a S10, 1.061 litros e 1.049 kg. As medidas da caçamba, por sua vez, são de 1,50 m x 1,50 m x 0,55 m de altura.
Para quem gosta de tecnologia, a Amarok pode decepcionar, pois não traz várias assistências ao condutor, que seriam normais num carro desse preço e segmento.
Entre as “faltas” estão piloto automático adaptativo, sensor de ponto cego e frenagem autônoma, além da direção ser do tipo hidráulico e não elétrico e de oferecer só quatro airbags.
Ao longo dos anos, as mudanças ocorreram, mas foram bem pontuais, como o câmbio automático de oito marchas em 2012, além do aumento de potência para 180 cv; aumento de potência da versão de entrada para 140 cv em 2013; reestilização em novembro de 2016; motor V6 3.0 de 225 cv em fevereiro de 2018; e aumento de potência do motor V6 para 258 cv em 2020, sendo atualmente o mais potente da categoria.
Boa para uso urbano, embora grande e com peso acima de 2,3 toneladas, pode encarar estradas difíceis por conta do bom ângulo de ataque (28o) e de saída ( 23,6o), além dos 22,6 cm de vão livre da carroceria em relação ao solo.
As séries especiais foram muitas, começando em 2015 (Dark Label, 1.000 unidades), passando pela Ultimate (abril de 2016, baseada na Highline), Extreme (novembro de 2016, também na Highline) e outra vez Extreme, em julho de 2018.
Infelizmente, essa picape da VW sofre por causa de uma série de defeitos recorrentes e que acabam incomodando bastante os donos desses carros. A válvula EGR, de recirculação de gases do motor, a bomba de alta pressão e os bancos dianteiros estão entre os vilões.
A Amarok vende fácil e é bonita de se ver, mesmo antes do facelift. Pesquise muito e boa sorte!
Defeitos do VW Amarok
Válvula EGR – O defeito na válvula recirculadora de gases do escape causa perda de potência, elevação de consumo e perda do fluido de refrigeração. Com isso, o superaquecimento é inevitável, podendo ocorrer grandes danos.
Correia dentada – Sujeira acentua o desgaste desse componente, que resseca e pode apresentar rachaduras e até mesmo partir. Trocas periódicas, além de verificações em prazos menores, podem evitar ou reduzir o risco.
Bomba de alta pressão – Algumas unidades apresentam desgaste prematuro, com produção de limalhas de ferro, que danificam o sistema de injeção, incluindo os (custosos) bicos injetores.
bancos dianteiros – Alvo de recall, esse problema atinge unidades fabricadas entre 2016 e 2018. Uma falha de fixação dos chicotes causa movimentação espontânea dos bancos. Verifique se o carro que deseja comprar passou pelo recall, que vai do chassi HA003452 ao HA041564.
Filtro de partículas – Com o tempo, o filtro DPF fica saturado, impedindo o bom funcionamento do motor. A regeneração deve ser feita na rede autorizada ou em oficinas com maquinário apropriado.
A VOZ DO DONO
Nome: Marcio Araújo Silvestre e Silva
Idade: 49 anos
Profissão: comerciante
Cidade: Belo Horizonte (MG)
O que eu adoro
“Roda como um carro de passeio, é muito confortável e transmite segurança. Mesmo com o passar dos anos, não fica velha em termos visuais e ainda chama atenção. O espaço interno é suficiente e a caçamba é muito boa.”
O que eu odeio
“Tem problemas insistentes. Na primeira viagem que fiz, tive uma pane elétrica. Depois o calvário que todo mundo passa, da válvula EGR, da correia e até mesmo de um farol que sempre tinha a lâmpada queimada.”
Preço médio dos VW AMAROK usados (KBB Brasil)
Preço das peças do VW AMAROK
Teste de pista (com diesel)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 11,5 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 33,3 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 5,2 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D):6,8 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 9,4 s
- Frenagem de 60 / 80 a 0: 15,5 / 28,5 m
- Consumo urbano: 8,8 km/l
- Consumo rodoviário: 10,8 km/l
- Ruído interno (neutro / 120 km/h): 40,3 / 61,7 dBA
- Rotação do motor a 100 km/h: 1.700 rpm
Ficha Técnica: VW Amarok 2.0 Automático
- Motor: diesel, longitudinal, quatro cilindros, 16V, 1.968 cm3, turbo, 180 cv a 4.000 rpm, 42,8 mkgf a 1.750 rpm
- Câmbio: automático sequencial de 8 marchas, tração integral permanente
- Direção: hidráulica
- Suspensão: dianteira, independente com duplo A; traseira, eixo rígido
- Freios: discos ventilados na dianteira e tambor na traseira
- Rodas e pneus: 255/50 R20
- Dimensões: comprimento 525 cm, largura 194 cm, altura 183 cm, entre-eixos 309 cm, tanque de combustível 80 l, peso 2.170 kg, capacidade de carga 1.017 kg
Nós dissemos
Outubro de 2017 “A Volkswagen sempre foi conhecida pela dirigibilidade de seus modelos: direção precisa, freios comunicativos e respostas imediatas dos comandos sempre estiveram entre suas virtudes. E não foi diferente com a Amarok. Projetada e produzida pela VW, ela se destacou pela suavidade e silêncio do motor diesel 2.0 biturbo, com 163 cv e torque de 40,8 kgfm […] ”.
Pense também em um…
Ford Ranger Nas versões mais novas, traz piloto automático adaptativo, sensor de ponto cego, frenagem autônoma e sensor de faixa. O motor DuraTorq tem 200 cv (2020) e 47,9 kgfm de torque a 1.750 rpm. Não chega aos valores da Amarok, mas isso não compromete o bom desempenho da picape. Entretanto, o fato de a Ford ter saído do país fez com que perdesse valor e liquidez.