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Problemas na suspensão traseira da Frontier

Proprietários de modelo reclamam que a suspensão traseira fica arriada mesmo com pouco peso

Por Waldez Carmo Amorim
Atualizado em 22 abr 2021, 23h07 - Publicado em 19 jun 2015, 19h04

auto-defesa auto-defesa

A Nissan Frontier leva mais de 1 tonelada. Portanto, transportar uma carga de menos de 200 kg não seria problema algum, certo? Errado, se você for um dos donos do modelo da Nissan que enfrentaram

problemas com a suspensão traseira, que arria com facilidade.

O professor Fernando Parolim, de Mogi Mirim (SP), reclama que sua Frontier Attack 2013 não pode ser

usada como uma picape qualquer: “Quando coloco um pouco de peso na caçamba, menos que uma moto, a suspensão baixa. E, se pego um trecho ondulado ou com buraco, logo começam batidas secas na traseira”.

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O empresário Fabiano Ballardin, de Caxias do Sul (RS), garante que foi essa característica que o fez sofrer um acidente. “Mal saí da loja e já sentia o amortecedor atingindo o batente, mesmo nas menores ondulações. Aos 2 100 km, a caçamba balançava demais. Até que aos 35 000 km minha Frontier saiu de traseira numa curva e bateu forte”, conta Fabiano.

Consultamos seis autorizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, e todas conheciam o problema. Sem querer se identificar, um ex-funcionário de uma concessionária gaúcha afirma que as reclamações começaram quando a fábrica trocou a suspensão traseira no modelo 2013. “Ela foi equipada com um feixe de molas mais macio, provocando batidas no batente em situações de tráfego. Após várias consultas, a fábrica nos orientou a colocar no lugar as molas da Frontier 2009. A falha parou de acontecer. Mas, depois da troca de várias peças, a Nissan pediu para não substituirmos mais as molas e simplesmente alegarmos que se trata de característica do veículo.”

Procurada, a Nissan informa que, em certas condições, pode ocorrer ruído do contato do limitador de curso com o batente da suspensão traseira. Ela diz que o sistema foi desenvolvido para “suportar os impactos e os movimentos decorrentes dele, não existindo possibilidade de danos ao veículo, perda de funcionalidade ou redução de sua durabilidade”.

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O POVO RECLAMA

“Comprei a picape para o trabalho e agora ela parece um carro rebaixado. A todo momento, a suspensão bate no fim do curso.” Fioravante Ballardin, São Marcos (RS), dono de Frontier 2013

“Com 120 kg na caçamba, percebi que a suspensão terminava o curso rápido demais em qualquer lombada. Na internet, encontrei vários casos como o meu sem solução.” Artur Amorim, Salvador (BA), dono de Frontier S 2014

“Com 300 kg e quatro pessoas, a traseira bate com frequência. Tenho a sensação de estar em um veículo de suspensão cansada.” Enio Ulian, Caxias do Sul (RS), dono de Frontier Attack 2013

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