O pneu furou, você o levou ao borracheiro, a peça foi consertada e tudo voltou ao normal. Será mesmo? Você pode não saber, mas há uma grande chance de seu carro estar rodando por aí com um problema. A maioria dos reparos feitos pelas borracharias do país é realizada com o tradicional macarrão, uma massa alongada que é inserida dentro do furo para tampá-lo.
Os especialistas são categóricos: o macarrão só deve ser usado em emergência e temporariamente. “Muitas vezes ele é aplicado sem sequer se remover o pneu do aro, o que não permite a limpeza e inspeção da parte interna do pneu”, explica o gerente-geral de engenharia de vendas da Bridgestone, José Carlos Quadrelli. “Além disso, não costumam vedar o furo de forma adequada.” O macarrão por vezes causa vazamento e infiltração de sujeira ou água, podendo até comprometer sua estrutura metálica ou seu desempenho. Por isso, o conserto deve sempre ser feito definitivamente, com reparos que preencham o furo e cubram a parte interna. Nesse caso, a solução mais eficaz é o manchão a frio. A técnica consiste em colocar um disco de borracha na parte interna do pneu, com a ajuda da pressão e de um selante.
LEIA MAIS:
>> Rodízio de pneus: faz sentido ou não?
>> Os cuidados ao substituir pneus e rodas
Os fabricantes de pneus, porém, estipulam que o ideal é uma terceira opção, o plugue ou cogumelo. Trata-se de uma peça em formato de pino que é inserida no furo, também presa por prensagem a frio e cola, o que reduz ainda mais a chance de infiltrações. O problema é que ele é muito difícil de ser encontrado. Até grandes redes distribuidoras de pneus desconhecem a técnica, em geral disponível só nas principais lojas autorizadas da Michelin.
Antes do conserto definitivo, entretanto, saiba que nem todos os furos e rasgos podem ser recuperados. Para isso, eles devem estar localizados só na banda de rodagem e ter até 6 mm nos carros de passeio e 10 mm em picapes e grandes SUVs, lembrando que todas as dicas se referem a pneus radiais sem câmara, que representam a maioria do mercado.
AS RECEITA DE REPARO:
MACARRÃO
Como é: insere-se uma massa alongada dentro do furo para fazer sua vedação.
Quando usar: em furos pequenos, causados por pregos ou outros objetos pontiagudos. É uma solução provisória, que requer um reparo definitivo urgentemente.
Quanto custa: R$ 20 a R$ 30.
MANCHÃO
Como é: aplica-se a frio um pequeno disco de borracha sobre o dano por dentro do pneu, usando pressão e um selante.
Quando usar: em cortes de superfície pequena, como os causadas por pregos, pedaços de vidro ou tiras de metal.
Quanto custa: R$ 40.
PLUGUE
Como é: coloca-se um plugue para fechar o furo e, por cima, aplica-se uma camada de borracha.
Quando usar: é a técnica mais indicada como solução definitiva na maioria dos tipos de furo, mas é muito difícil de ser encontrado em borracharias ou autocenters.
Quanto custa: R$ 50 a R$ 60.