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O que fazer quando seu carro é atingido por uma enchente?

Todo carro pode ser recuperado após passar por um alagamento, mas nem sempre o custo vale a pena

Por Luís Perez
Atualizado em 23 abr 2021, 00h42 - Publicado em 30 dez 2015, 17h44
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  • Ponto de alagamento na avenida Salim Farah Maluf

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    Nesta época do ano, notícias sobre carros engolidos por enchentes são frequentes no noticiário. Mas o que fazer na prática quando se é surpreendido por um alagamento e não há como escapar? Segundo os especialistas, a boa notícia é que todo veículo tem como ser recuperado – mesmo os que ficaram completamente submersos ou invadidos por lama. O problema é saber quando vale a pena arcar com o serviço.

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    Os casos mais simples são aqueles em que a água entrou e só encharcou o assoalho, entrando pela porta, por exemplo. Na outra ponta, os mais complexos são os que foram atingidos com o motor em funcionamento, quando o motorista tentava atravessar um alagamento.

    Nesse caso, é possível que o motorista tenha cometido um dos erros mais comuns, mas que é fatal, que é entrar rápido na água. Nessa hora o motor pode aspirar a água, provocando o calço hidráulico. O calço hidráulico ocorre quando a água entra nos cilindros e impede o curso total dos pistões, aumentando o esforço sobre os demais componentes e deformando-os.

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    Quanto mais componentes eletrônicos ao alcance da água, mais dor de cabeça o dono terá. O conserto de um automóvel recuperado varia entre 1.000 reais (preço de uma lavagem e higienização completa em razão de a água ter invadido o carpete) e 40.000 reais – no caso dos importados mais sofisticados, o céu é o limite.

    Por que um preço tão salgado? Simples: há modelos com módulos eletrônicos que comandam várias funções. Alguns carros (importados de luxo, por exemplo) chegam a ter danificados três ou quatro módulos, ao preço de 10.000 a 20.000 reais cada um. O negócio é trocar. Fora toda a recuperação dos revestimentos.

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    Se seu carro foi atingido por uma enchente, a primeira pergunta a fazer é: até que ponto a água alcançou? Se foi só até o assoalho e o carro não é um modelo com muitos componentes eletrônicos (não tem câmbio automático ou acelerador by wire, sem cabo, por exemplo), o reparo é simples. No entanto, se ele tem câmbio automático ou muita eletrônica embarcada, prepare o bolso e faça as contas para saber que realmente vale a pena.

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    Após ser atingido por uma enchente, a primeira providência é ligar para a seguradora (se o veículo tiver seguro) ou levar a um mecânico, que vai avaliar o tamanho da encrenca. Mas faça isso logo. A experiência mostra que, quanto mais o carro fica parado, mais complicado e caro é o conserto. E a regra vale tanto para o modelo mais sofisticado como para o mais básico e antigo, como o caso de Nivalda Geralda de Farias, dona de um VW Passat da década de 70.

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    Ela foi surpreendida por uma chuva que fez com que seu carro ficasse submerso na garagem de casa. Quando a água baixou, o carro estava tomado pela lama. “Como não tenho seguro, vou ter de consertar por conta própria. Não sei nem por onde começar. Não consigo nem colocar a chave no contato”, afirma. De fato, além do bolso, é preciso preparar o espírito para ficar sem o carro durante um bom tempo – a recuperação de um alagado dura de uma semana a um mês.

    Alagamento / enchente

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    O serviço consiste em retirar tapetes, bancos e estofamentos e substituir o feltro que vai sob o carpete (nas situações mais simples), trocar toda a parte elétrica (nos casos medianos) ou mesmo o óleo do câmbio e os módulos eletrônicos (nos mais complicados). “Um conselho que a gente dá é sempre realizar esse tipo de reparo em uma oficina só e não em várias, para evitar que ele seja montado e remontado várias vezes”, afirma Gozzo.

    Mesmo que o veículo tenha passado por uma bela enchente e aparentemente esteja tudo em ordem, é importante mandá-lo para uma oficina, para fazer um rápido check-up em motor e câmbio. “As consequências de uma enchente podem aparecer mais tarde, de forma bem mais grave, como a água se misturar ao óleo do câmbio, causando sua quebra no curto prazo”, diz Vinicius Losacco, da oficina Losacco.

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    Claro que estamos falando da recuperação de veículos que ainda têm conserto. No entanto, nesse período de chuvas tão comuns de dezembro a março, a incidência de perda total (quando o valor do conserto atinge ou supera 75% do preço do veículo) cresce 30% nas seguradoras. A boa notícia é que praticamente todas as apólices cobrem danos por enchente.

    Também é raríssimo a seguradora negar a se pagar sinistros desse tipo, o que só pode ocorrer se for configurado o chamado agravamento de risco, situação em que o motorista sabia que não podia passar e mesmo assim tentou, como ocorre em praias, por exemplo. Mas na prática isso é muito difícil de provar quando o carro alaga num rua de trânsito comum.

    E como descobrir se houve perda total? Para saber isso, só avaliando para verificar se o conserto vai custar pelo menos 75% do valor do bem. No mercado, no entanto, fala-se que a perda total pode ser decretada no momento em que o painel de instrumentos é atingido. Quando isso ocorre, é porque componentes bem mais sensíveis já foram afetados.

    COMO CHEGAR DO OUTRO LADO

    Se você foi surpreendido por um alagamento, recomenda-se fazer meia volta e fugir. Mas, na prática, nem sempre é possível. Veja o que fazer nesses casos:

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