Sérgio Ramos, São Paulo (SP)
Pneus mais largos, por conta da área de contato maior com o solo, têm maior dificuldade de romper a lâmina d’água formada nas vias durante as chuvas.
De acordo com o engenheiro Hugo Terazaki, da Dunlop, isso acontece porque quanto maior a superfície de contato do pneu com a lâmina d’água, menor é a pressão exercida, o que faz com que o pneu flutue sobre a lâmina, em vez de rompê-la e permitir que o conjunto tenha contato direto com o solo e mantenha a dirigibilidade do veículo.
“A aquaplanagem ocorre com ainda mais facilidade se a banda de rodagem estiver desgastada acima dos 70% da espessura original”, adverte o especialista.
O que fazer em caso de aquaplanagem?
Esse fenômeno se dá em pista molhada, quando o carro está em alta velocidade e forma-se uma película de água entre o pneu e o asfalto. Nessa condição, é possível virar a direção para os lados e ainda assim o carro seguir em frente, sem controle.
Mantenha a calma e não freie com força ou gire o volante, pois o veículo pode ganhar aderência de repente, perder o controle e rodar.
Mantenha as rodas retas, tire o pé do acelerador de forma gradual e deixe o veículo em linha reta até que ele saia da região com maior volume de água, deixando o veículo perder velocidade aos poucos com a resistência da água.
Mova o volante delicadamente para saber quando o os pneus recuperaram o contato com o asfalto e reduza a velocidade.
É possível sentir quando a pista está propícia à aquaplanagem: nota-se uma grande resistência da água contra os pneus.
Isso ocorre quando passamos sobre uma poça de água, por exemplo. No caso, é preciso reduzir a velocidade para que os pneus possam drenar melhor a água da pista.