Elétrico é chato? Esse Hyundai simula marchas e anda como carro de rali
Hyundai Ioniq 5 N traz inovações para que esportivos elétricos finalmente empolguem o público
Executivos como a CEO da Mini, Stephanie Wurst, já admitem preocupação com esportivos elétricos, que não estão cativando entusiastas como se imaginava. Se o Hyundai Ioniq 5 N não cumprir a missão, será difícil que outro modelo à venda consiga: o SUV não tem apenas 650 cv e 78 kgfm, ele também imita com precisão um carro de rali.
Em seu modo mais ágil, o elétrico utiliza os motores em cada eixo para prover tração integral e mais agilidade. Mas se destaca a simulação de diferentes aspectos dos carros a gasolina, como o falso câmbio de dupla embreagem com oito marchas. Nele, cabe ao condutor utilizar as borboletas do volante para explorar a curva artificial de torque e potência do carro, com direito aos trancos do acoplamento.
A função de drift é ainda mais criativa, e serve para replicar a técnica de rali onde, na entrada da curva, pisa-se na embreagem enquanto o pé direito é cravado no acelerador. O giro sobe, a embreagem é liberada e o carro sai de traseira, permitindo ao piloto apontá-lo melhor na saída.
Tudo isso é possível no Ioniq 5 N, que pode funcionar só com motor (e tração) traseiro. Quando o condutor pressiona as duas borboletas, o motor traseiro também para e volta com tudo logo em seguida, causando o mesmo comportamento. Controles de estabilidade e tração, inclusive, foram ajustados para imitar precisamente a dinâmica dos carros do mundial de rali.
Como o barulho do motor é referência para os mais avançados, há duas opções de sons artificiais: o ronco de um 2.0 turbo ou de um avião caça, que saem por dez caixas de som da cabine e variam em tempo real conforme os inputs de pedais e volantes.
Tudo tem seu preço
Aspectos esportivos do Ioniq 5 N incluem profundas alterações. Logicamente, o preço acompanha as melhorias: o elétrico deve custar o equivalente a R$ 350.000 no exterior.
AÇÃO E REAÇÃO
Pedais e volante são acoplados a motores elétricos controlados por software e capazes de alterar a resposta física conforme o modo selecionado – sempre com a opção de imitar carros a gasolina.
ANDA E PARA
A frenagem regenerativa, sozinha, provê desaceleração de 0,6 G. Ainda há discos ventilados de 40 cm e 36 cm, feitos de material compósito. São os freios mais fortes já instalados em um Hyundai.
ATENTO À MISSÃO
O revestimento de Alcantara dos bancos é reciclado; outros tecidos usados na cabine são oriundos de cana-de-açúcar e garrafas PET. E couro legítimo, quando há, é produzido através de processos ambientalmente responsáveis, segundo a fábrica.
CABEÇA FRIA
Há um radiador para cada motor, além de outro dedicado às baterias. Demandas de gerenciamento térmico foram tão altas que o Ioniq 5 N passou por testes de energia e carregamento em condições extremas, como no Ártico.