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Denatran quer padronizar sistemas autônomos em carros nacionais

A tecnologia pode ajudar a reduzir as mortes no trânsito e o Denatran começa a estudar sistemas autônomos de segurança para tornar os carros mais seguros

Por Eduardo Passos
7 dez 2021, 15h54
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  • Novas Tecnologias
    (Lucas Storalic/Quatro Rodas)

    A Organização das Nações Unidas delegou uma missão crítica ao Brasil que pode salvar milhares de vidas, em caso de sucesso. Ela não envolve guerras ou algum destacamento dos Capacetes Azuis, mas outro exército, formado por “patentes” como AEB, LKAS, ACC e ESS, cada vez mais confusas e presentes nos carros.

    Estamos falando de sistemas avançados de assistência ao motorista (Adas), que agem para automatizar medidas outrora exclusivas ao motorista, como frenagem e esterçamento.

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    Esses Requisitos Inovadores, como são chamados pelo Denatran, compõem um dos três pilares da resolução da ONU, que pretende reduzir pela metade as mortes no trânsito entre 2018 e 2028, também com melhorias na infraestrutura viária e educação do condutor.

    Com base nos dados de 2018, seriam 16.327 vidas poupadas anualmente apenas no Brasil, com participação indispensável dos Adas. Uma revolução semelhante à ocorrida na aviação comercial, que pulverizou seus acidentes com automação responsável.

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    Esses sistemas integram o Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito e eventualmente se tornarão obrigatórios, mas ainda sofrem com problemas tão básicos quanto as confusas nomenclaturas, que dificultam a compreensão exata do quem-faz-o-quê.

    Já temos grupos de estudo dedicados a itens como frenagem autônoma de emergência (AEB), controle de cruzeiro adaptativo (ACC) e sistema de alerta de evasão de faixa (LDWS).

    Trabalhos globais também já buscam padronizá-los como os símbolos do quadro de instrumentos. Enquanto isso, porém, QUATRO RODAS ajuda a decifrar essa sopa de letrinhas e antever o que seu carro do futuro poderá fazer. Mas vale lembrar: nada substitui uma leitura atenta do Manual do Proprietário.

    Anjos digitais

    Conheça os dispositivos, e suas siglas confusas, que podem ajudá-lo nas horas de perigo

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    Park Assist

    Os nada novos sensores de estacionamento podem ser usados para que o carro tome noção do espaço ao seu redor e, em tempo real, calcule movimentos necessários para estacionar. Com processadores mais potentes que também interpretam imagens de câmeras, é possível ter um valete automático à disposição, capaz de tirar o carro da vaga e levá-lo até o dono através de  ordem via smartphone, em total segurança para todos.

    Park Assist
    (Lucas Storalic/Quatro Rodas)

    Assistente de
    esterçamento

    O carro gira o volante, enquanto
    o motorista deve comandar pedais,
    freios e marchas.

    Assistente de
    esterçamento
    e freio
    Sob ordem, o veículo comanda
    volante, pedais e marchas
    para estacionar sozinho.

    Entrada e saída
    remota de vagas
    Além de estacionar, o carro
    é capaz de sair da vaga e ir
    até seu motorista, nas proximidades.

    Velocidade de Cruzeiro

    Um dos sistemas mais comuns, o controle de cruzeiro simplesmente controla aceleração e frenagem para manter o carro na velocidade desejada. Com uso de radares, câmeras e sensores, é possível que o veículo adapte sua velocidade em tempo real, quando a ordem do motorista for incompatível com as condições da pista.

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    Velocidade de cruzeiro
    (Lucas Storalic/Quatro Rodas)

    Controle
    de cruzeiro
    O carro controla frenagem e aceleração para manter velocidade definida pelo motorista.

    Controle
    de cruzeiro
    adaptativo (ACC)
    Veículo é capaz de diminuir a velocidade até certo limite e retomá-la, a fim de manter distância do carro à frente.

    ACC com
    full stop
    Tem as  funções
    do ACC, com a diferença que  desacelera o carro totalmente, se necessário.

    ACC com
    assistente de trânsito
    Útil em engarrafamentos,
    o sistema é capaz de parar o carro e seguir ativo, movendo-o junto ao tráfego intenso.

    Adaptação
    inteligente de velocidade (ISA)
    Ajusta a velocidade conforme limite que consta no banco de dados e pela leitura de placas.

    Direção

    No sistema mais complexo de todos, sensores, radares e câmeras alimentam uma potente inteligência artificial, que interpreta o ambiente e atua sobre o carro para mantê-lo em rota e seguro em relação a veículos, pedestres e obstáculos na via.

    Direção
    (Lucas Storalic/Quatro Rodas)
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    Aviso de afastament
    de faixa (LDWS)
    Câmeras monitoram os
    limites da faixa e alertam
    o motorista quando o veículo cruza um dos limites sem dar seta.

    Centralizador
    de faixa (LCA)
    Com base nos sensores, o carro
    aplica pressão extra
    no volante para ajudar o motorista a permanecer em rota.

    Assistente de permanência
    em faixa (LKAS)
    Sem ação humana, é capaz
    de manter o carro em rota
    e até realizar curvas. Sua capacidadevaria conforme o fabricante.

    Colisão

    Câmeras, sensores ultrassônicos e radares são incessantemente analisados pelos computadores do carro. Quando um obstáculo que se aproxima em alta velocidade é detectado, alertas e outras ações são realizadas conforme o grau de evolução do sistema.

    Colisão
    (Lucas Storalic/Quatro Rodas)
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    Alerta de
    colisão frontal (FCW)
    Sensores geram alerta sonoro
    e visual para que o motorista intervenha
    sob risco de
    colisão iminente.

    Frenagem autônoma
    de emergência (Aeb)
    Caso o motorista não
    responda aos alertas,
    o sistema aciona o freio
    e para o carro automaticamente.

    AEB + esterçamento
    emergencial (ESF)
    Além de frear automaticamente,
    o carro é capaz de
    comandar o volante
    para desviar dos obstáculos.

    Comando automático
    emergencial (ACSF-E)
    Realizando as funções de AEB e ESF,
    o carro também reage à infraestrutura
    viária, como semáforos
    e placas de “Pare”.

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    A edição 752 de QUATRO RODAS já está nas bancas! (Arte/Quatro Rodas)
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