Por que nos carros híbridos a potência combinada geralmente não é a soma das potências do motor a combustão com a do elétrico? – Felipe Varela, por e-mail.
Apesar de trabalharem em conjunto, os dois motores atuam em situações diferentes para atender à demanda de cada momento. Mesmo quando estão funcionando ao mesmo tempo, os picos de potência e torque podem ocorrer em rotações bem distintas uma da outra. Um motor pode estar no seu giro de potência máxima, enquanto o outro ainda não chegou lá.
Veja um exemplo: o pico de potência do motor a combustão 1.5 de um Toyota Prius de segunda geração é de 76 cv a 5.000 rpm. O motor elétrico produz 67 cv só enquanto girar a 1.200 rpm. A potência combinada do conjunto, porém, é de 110 cv – e não 143 cv. O mesmo ocorre com o Ford Fusion Hybrid: o motor 2.0 gera 145 cv, enquanto o elétrico fornece 118 cv. Juntos, a soma é de 190 cavalos, e não 263 cv, como poderíamos supor.
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Não se trata, porém, de uma regra. No BMW i8, mais voltado para o desempenho, a potência total de 365 cv é resultado da soma do motor 1.5 a combustão (234 cv) com o motor elétrico (131 cv). Isso ocorre porque, neste caso, cada motor atende a um eixo diferente (o 1.5 no eixo traseiro e o elétrico no eixo dianteiro), com a opção de força total combinada nas quatro rodas em modo Sport.