Por que o meu carro precisa de uma bateria com sistema AGM e EFB mesmo ele não tendo a tecnologia start-stop? – Fernanda Marques, São Paulo (SP)
A resposta vem da área de engenharia da Moura. Alguns veículos, mesmo não equipados com a tecnologia start-stop, possuem alternador inteligente que é capaz de reconhecer momentos em que o motor está sob maior demanda, como durante uma subida íngreme.
Acontece que, nessas situações, o alternador inteligente reduz sua atividade para não sobrecarregar o motor, permitindo que ele se concentre inteiramente na tarefa de movimentar o veículo.
À medida que o carro enfrenta terrenos mais planos ou descidas, o alternador inteligente retoma a recarga da bateria, garantindo um equilíbrio entre energia disponível e esforço do motor.
Para suportar essa intermitência no fornecimento de energia pelo alternador inteligente, é essencial contar com uma bateria mais robusta e capaz de lidar com os ciclos de carga e descarga. Daí a necessidade das baterias AGM (Absorbent Glass Mat) ou EFB (Enhanced Flooded Battery), que chegam a custar cinco vezes mais que uma bateria convencional, dependendo da especificação.
Quais as diferenças entre bateria AGM e EFB?
Baterias AGM funcionam com as mesmas placas de chumbo das baterias convencionais, mas com separadores de lã de vidro entre elas – o líquido ácido não fica livre dentro da bateria. Com isso, há uma melhor estabilidade entre os componentes e, consequentemente, maior eficiência e maior performance por mais tempo. Ou seja, podem suportar os sistemas do carro por mais tempo quando o motor é desligado pelo sistema start-stop.
As baterias EFB são baterias tradicionais com acréscimo de mecanismos mais avançados, que permitem que suportem recarga rápida e possam ser mais exigidas pelo funcionamento constante do start-stop. Mas não lida tão bem com condições de baixa carga como as AGM. Além disso, as EFB são mais caras que as baterias AGM.