Não há nada novo nas baterias de estado sólido (SSBs) – elas são até mais simples que as atuais células. Mesmo assim, todas as grandes fabricantes vêm se aplicando para introduzi-las em seus portfólios, por volta de 2025.
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O motivo dessa corrida silenciosa é o fato de as SSBs superarem em tudo as atuais baterias de íons de lítio: entregam mais autonomia, menos tempo de recarga e mais segurança “simplesmente” mudando o eletrólito, que conduz a eletricidade dentro da célula energética.
Nas SSBs ele é sólido (normalmente de vidro ou cerâmica), substituindo as soluções tóxicas, inflamáveis e suscetíveis a vazamento atuais. Além de mais seguras, elas são muito mais densas, tanto por serem mais moldáveis quanto pelo fato de a placa negativa (ânodo) desaparecer à medida que o carro descarrega. Sem líquidos ou metais pesados, o descarte após o fim da vida útil (estendida mas não infinita) também é muito mais tranquilo.
Um estudo da Castrol cravou que a virada dos elétricos ocorrerá quando, na média, esses automóveis custarem menos de US$ 36.000, forem carregados em 31 minutos e conseguirem autonomia de 469 km. É consenso que as SSBs serão cruciais nos três aspectos. Agora todas as montadoras correm para domar a sua manufatura e torná-la economicamente viável o mais rápido possível.
DIFERENÇA ENTRE BATERIAS CONVENCIONAIS E SSBS
Na nova tecnologia o lítio segue protagonista, fluindo entre os polos da célula. A diferença é que usa-se lítio metálico, sólido e atóxico. Ele também atua como a placa negativa (ânodo) e crescendo à medida que a bateria é carregada. Desse modo, ocupa-se menos espaço e pode-se usar compartimentos
TIPOS DE CÉLULAS UTILIZADAS NAS BATERIAS DE EVs
Prismáticas: têm boa capacidade e proteção reforçada, ideais para veículos off-road |
Bursiformes: predominantes nas SSBs, são como sachês que se adaptam ao compartimento do carro |
Cilíndricas: como pilhas comuns, são as mais utilizadas nos elétricos atuais graças à facilidade na fabricação |