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Teste: Range Rover Velar, visual ousado e tecnologia de ponta

Excesso de artifícios eletrônicos de SUV às vezes mais atrapalha do que ajuda

Por Rodrigo Ribeiro
Atualizado em 20 abr 2018, 09h47 - Publicado em 14 fev 2018, 20h07
Range Rover Velar
Faróis a laser opcionais têm alcance de até 550 metros (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Desde o lançamento do Range Rover Evoque, era difícil ver um novo Land Rover surpreender quando o assunto é design marcante.

O Range Rover Velar, porém, se não consegue atingir a meta, é o modelo da marca inglesa que chega mais perto disso.

Os faróis de led afilados chamam a atenção, com um desenho ousado reforçado pelas entradas de ar do para-choque exclusivo das versões R-Dynamic.

Range Rover Velar
Lanternas com efeito 3D (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Na lateral, as maçanetas embutidas (como no Jaguar F-Type) dão elegância ao SUV, enquanto um friso em preto brilhante une as lanternas translúcidas na traseira.

O foco no design continua no interior, praticamente sem botões. Para conseguir isso, a Land Rover bebeu da escola Tesla e recheou o interior do Velar com três telas: uma de 12,3 polegadas no quadro de instrumentos e outras duas, de 10 polegadas cada, para controlar som, suspensão, ar-condicionado e até a massagem dos bancos dianteiros.

Range Rover Velar
As três telas são customizáveis: 12,3 polegadas atrás do volante e duas de 10 no console central (Leo Sposito/Quatro Rodas)
Range Rover Velar
A central multimídia superior varia sua inclinação (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Mas um dos destaques do Velar pode ser seu ponto fraco. No teste da versão R-Dynamic HSE P380, a unidade avaliada apresentou quatro falhas eletrônicas, sendo a mais grave na suspensão pneumática, que ficou inoperante.

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Também houve uma pane na tela central inferior, que desapareceu após desligar e ligar o sistema algumas vezes, mas, se persistisse, exigiria paciência até chegar à concessionária: como essa tela não tem redundância, não seria possível ligar o ar-condicionado nem alterar o modo de condução e altura da suspensão.

Range Rover Velar
Simplicidade do interior também traz elegância a SUV (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Mesmo funcionando, as telas acabam atrapalhando no dia a dia, já que, para acionar qualquer comando, é preciso tirar os olhos da pista por preciosos segundos.

E, contrariando a tendência de mercado, o sistema não tem conexão para celulares com Android Auto e Apple CarPlay.

Range Rover Velar
Os botões no volante são sensíveis ao toque (Leo Sposito/Quatro Rodas)

A incerteza sobre a robustez da eletrônica prejudicou a boa impressão que o Velar dá. O V6 3.0 com compressor gera bons 380 cv, que foram capazes de levar seus 1.884 kg de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos.

Range Rover Velar
O V6 3.0 com compressor gera bons 380 cv, e levam seus 1.884 kg de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos (Leo Sposito/Quatro Rodas)

Pena que bebe muito na cidade (fez 7,4 km/l no nosso teste). O eficiente câmbio automático ZF de oito marchas responde rapidamente ao acelerador e permite retomadas sempre na casa dos 4 segundos ou abaixo.

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A suspensão a ar controla bem com a rolagem da carroceria, mas os pneus Pirelli Scorpion Zero chegam rapidamente ao limite da aderência.

Range Rover Velar
Aerodinâmica refinada permitiu um Cx de apenas 0,32 – na foto, detalhe da parte traseira do teto (Leo Sposito/Quatro Rodas)

O conjunto não transmite insegurança, mas a limitação dos compostos italianos tira a empolgação extra que o Velar poderia transmitir.

A posição de dirigir não é tão elevada quanto o porte do carro sugere, mas há espaço de sobra para cinco adultos. Quem for atrás conta até com inclinação elétrica do encosto, mas não há entradas USB adicionais.

O pacote de equipamentos é condizente pelos R$ 442.200 cobrados pela versão mais cara. Controlador de velocidade adaptativo, rodas de 21 polegadas e faróis de leds adaptativos estão entre os principais itens de série.

Mas o facho alto a laser, ar-condicionado digital de quatro zonas e a projeção de informações no para-brisas são opcionais que, somados, custam R$ 17.000.

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Range Rover Velar
O limpador traseiro fica recolhido sob o aerofólio (Leo Sposito/Quatro Rodas)

O Velar tem design e dinâmica muito similares aos do Evoque e cumpre seu papel de ser uma alternativa tecnológica e marcante ao Range Rover Sport.

Isso se o excesso de telas, comandos e informações não atrapalhar o prazer de dirigir um dos mais belos SUVs do mercado.

Veredicto

O visual marcante combina com o bom desempenho e o luxo oferecidos pelo Velar. Mas a profusão de telas na cabine confunde o motorista no dia a dia.

Teste de pista

  • Aceleração de 0 a 100 km/h: 6,1 s
  • Aceleração de 0 a 1.000 m: 25,7 s – 206,5 km/h
  • Velocidade máxima: 250 km/h*
  • Retomada de 40 a 80 km/h: 2,7 s
  • Retomada de 60 a 100 km/h: 3,5 s
  • Retomada de 80 a 120 km/h: 4 s
  • Frenagens de 60/80/120 km/h a 0 m: 17,4/29,6/69,5 m
  • Consumo urbano: 7,4 km/l
  • Consumo rodoviário: 11,2 km/l

*Dado de fábrica

Ficha técnica – Range Rover Velar R-Dynamic HSE P380

  • Preço: R$ 442.200
  • Motor: gas., diant., long., 6 cil. em V, 24V, compressor, 2.995 cm3; 380 cv a 6.500 rpm, 45,9 mkgf a 3.500 rpm
  • Câmbio: automático, 8 marchas, tração integral
  • Suspensão: braços sobrepostos (d/t)
  • Freios: disco ventilado (dianteiro e traseiro)
  • Direção: elétrica, 11,6 m (diâm. giro)
  • Rodas e pneus: liga leve, 265/40 R22 (diant./tras.)
  • Dimensões: comprimento, 480,3 cm; altura, 166,5 cm; largura, 203,2 cm; entre- -eixos, 287,4 cm; peso, 1.884 kg; tanque, 63 l
  • Equipamentos de série: 6 airbags, ESC, teto solar, faróis de led, controlador de velocidade adaptativo, frenagem automática de emergência
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