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Teste: novo Suzuki Vitara surpreende pelo desempenho

Pioneiro dos SUVs compactos, o Suzuki Vitara retorna ao país para atuar em dois segmentos distintos. Será que dá para ele?

Por Vitor Matsubara Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 14 set 2018, 22h43 - Publicado em 22 dez 2016, 15h59
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    Duas motorizações para brigar contra Renegade de um lado e Compass de outro (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

    O Vitara fez a fama da Suzuki por aqui. Ele aportou no Brasil em 1991 e construiu a imagem de um jipe pequeno e robusto. Só que ele cresceu tanto que mudou de nome (Grand Vitara) e virou, na segunda geração, o clone do Chevrolet Tracker. Agora o Vitara está de volta, mais urbano e menos lameiro.

    O modelo estreia com três opções de acabamento e duas de tração e de motor. De olho em Jeep Renegade, Honda HR-V e Nissan Kicks, chegam as versões 4All (1.6 manual a R$ 83.900 e 1.6 automático a R$ 89.990) e 4You (R$ 94.990 no 4×2 e R$ 99.990 no 4×4, sempre automático).

    Estilo da traseira é mais conservador
    Estilo da traseira é mais conservador (Pedro Bicudo)

    Mirando mais alto no Jeep Compass e Hyundai ix35 (além das versões mais caras do Renegade), há a versão 4Sport (1.4 turbo com 4×2 a R$ 107.990 e 4×4 a R$ 112.990, ambos automáticos). Mas cuidado com o tamanho, pois ele é 6 cm menor que o Renegade.

    Antes de encarar a concorrência, no entanto, o Vitara precisa conquistar seu espaço dentro de casa, já que conviverá com o S-Cross (R$ 77.900 a R$ 108.900), que parece mais um hatch médio, e o velho Grand Vitara (R$ 85.900 a R$ 113.800), que é um SUV mais defasado, porém maior.

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    O design não prima pela ousadia, mas é moderno e jovial, aparentemente inspirado no Range Rover Evoque em detalhes como os faróis repuxados e o teto numa cor diferente do restante do veículo. A personalização, aliás, é um dos seus chamarizes: além das 22 combinações de cores de carroceria e teto, o cliente pode mudar capas dos espelhos, grade, aros nas saídas de ar-condicionado e apliques no painel.

    Relógio é analógico (entre as saídas de ar) e central multimídia roda aplicativos
    Relógio é analógico (entre as saídas de ar) e central multimídia roda aplicativos (Pedro Bicudo)

    Apesar dos detalhes vermelhos sugerindo esportividade, o interior prima pela discrição. A cabine é bem-acabada, mas simples demais para um modelo de sua categoria, além de ficar devendo em espaço: seu entre-eixos é 7 cm menor que no Renegade e 11 cm no Compass. A central multimídia tem uma enorme tela de 10 polegadas que permite espelhar o celular e acessar aplicativos como o Waze.

    Ao contrário da maioria dos SUVs, posição de dirigir não é alta demais. Bancos têm acabamento em camurça e couro
    Ao contrário da maioria dos SUVs, posição de dirigir não é alta demais. Bancos têm acabamento em camurça e couro (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)
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    Espaço atrás perde fácil para ix35 e Compass
    Espaço atrás perde fácil para ix35 e Compass (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

    A versão 4Sport tem ainda sete airbags, piloto automático, controle de tração e ESP. Mas ele é o único na sua faixa de preço a oferecer 4×4 – com quatro ajustes de condução. Mesmo assim, alguns itens fazem falta, como o travamento das portas após o veí­culo entrar em movimento e banco do motorista com regulagem elétrica.

    Moderno, o Vitara tem qualidades para se sobressair diante de seus rivais. A principal delas é o rendimento do motor 1.4 turbo, o primeiro conjunto sobrealimentado oferecido pela Suzuki no país, com 146 cv e 23,5 mkgf de torque máximo (o 1.6 aspirado tem 126 cv e 16,7 mkgf), associado a uma transmissão automática de seis marchas.

    Com 146 cv e 23,5 mkgf, motor 1.4 turbo anda muito e bebe pouco
    Com turbo e injeção direta, motor 1.4 turbo anda muito e bebe pouco (Pedro Bicudo)
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    Câmbio automático tem trocas suaves e reduz marchas rapidamente se necessário
    Câmbio automático tem trocas suaves e reduz marchas rapidamente se necessário (Pedro Bicudo)

    O Vitara foi uma grata surpresa na pista de testes, combinando agilidade nas provas de aceleração (0 a 100 km/h em apenas 8,3 s) e retomada (de 80 a 120 km/h em 5,9 s), marcas superiores à de todos os concorrentes.

    Além de ser o Suzuki mais veloz à venda no Brasil (superando até o Swift Sport R), ele é o SUV mais econômico já testado por QUATRO RODAS: 14,4 km/l no ciclo urbano e 17,6 km/l no rodoviário.

    Ao volante, o Vitara 1.4 turbo tem o comportamento de um hatch médio. A posição de dirigir não é excessivamente elevada e a direção precisa induz o motorista a conduzir de forma mais esportiva. Diferentemente da maioria dos SUVs, a estabilidade é um dos pontos fortes, inclusive nos trechos sinuosos, nos quais ele faz curvas com segurança.

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    O porta-malas tem capacidade pra transportar até 375 litros
    O porta-malas tem capacidade pra transportar até 375 litros (Pedro Bicudo)
    Canaletas removíveis nas laterais modelam o porta-malas conforte o tamanho dos objetos
    Canaletas removíveis nas laterais modelam o porta-malas conforte o tamanho dos objetos (Pedro Bicudo)

    Bom de dirigir o Suzuki Vitara já mostrou que é. Falta saber agora se ele terá carisma suficiente para atingir a meta de vendas estipulada pela marca (aproximadamente 500 unidades por mês, o equivalente a um Mitsubishi ASX) e conquistar seu espaço ao sol.

    Veredicto QUATRO RODAS

    O Vitara vai agradar em cheio quem procura desempenho, baixo consumo, opção de tração 4×4 e um design diferente da multidão de Renegade e HR-V que roda por aí. Só faltou ser mais barato e espaçoso.

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    Teste (com gasolina)

    Ficha técnica

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