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Mercedes-Benz GL 550

Com quase 2,5 toneladas de tecnologia e requinte, o novo GL é capaz de acelerar como superesportivo

Por Joaquim Oliveira | Fotos: Dieter Rebmann
Atualizado em 19 mar 2024, 13h54 - Publicado em 5 out 2012, 12h38
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Um dos principais atributos que explicam o sucesso do GL nos Estados Unidos (onde conquistou 30% do segmento em 2011) é também o que o condena ao semianonimato na Europa, principalmente fora da Alemanha: a capacidade de levar sete adultos nas três amplas e confortáveis filas de bancos, objetivo que os rivais diretos BMW X5 ouAudi Q7 não atingem com tanta folga. As dimensões avantajadas tornam o GL pouco adequado às apertadas ruas europeias – em sua categoria, só o Cadillac Escalade é maior que ele.

Considerando que o entre-eixos foi mantido no novo GL, os 4 cm a mais de comprimento estão principalmente no balanço traseiro, o que explica o porta-malas maior – passou de 620 para 680 litros, com os sete lugares montados. Dessa forma, pioram algumas medidas off-road: o ângulo de ataque caiu de 33 para 30 graus e o de saída, de 27 para 25. Mas a Mercedes sabe que poucos donos sairão do asfalto.

Cadeiras elétricas

A carroceria do maior SUV da Mercedes (está acima do Classe M, que é superior ao GLK) foi retocada, junto com os faróis e lanternas, para deixá-la com a cara dos outros carros da marca, ganhando luzes de uso diurno e de leds à frente e atrás. O interior conta com melhorias mais relevantes: a terceira fila de bancos agora pode ser rebatida ou erguida eletricamente. Os passageiros do fundão passam a ter saídas de ar e janelas que abrem (pouco). O painel impressiona pela qualidade de materiais e acabamentos, com mais peças de alumínio e costuras duplas nos bancos de couro de alto padrão. Novidade é o monitor central, onde todas as informações do veículo e do sistema de entretenimento são exibidas, enquanto o visor central no quadro de instrumentos ficou maior e todo digital. Outras evoluções: o teto solar panorâmico (que se abre apenas sobre os bancos dianteiros) se estende até a última fileira e os porta-copos aquecem e refrigeram.

Na eletrônica, o GL dá um show: traz de série a suspensão pneumática Airmatic, controle de velocidade em descida, estabilização da carroceria para ventos laterais, alerta de troca involuntária de faixa, aviso de objeto no ponto cego dos retrovisores… A lista é quase interminável e vem dentro da linha dos recursos que foram incluídos na maioria dos Mercedes nos últimos dois anos. Estreiam nesta versão os opcionais de sistema ativo para curvas e o pacote On&OffRoad, que facilita a condução fora de estrada e acrescenta a reduzida e o diferencial autoblocante.

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Para conhecermos o novo GL, viajamos até o estado do Novo México (EUA), com trechos de asfalto e terra, onde avaliamos o V8 que equipa o GL550, nos EUA, e o GL500, na Europa e no Brasil. Ele se revelou bem mais esperto que o preguiçoso V6 do 350 Bluetec (a diesel). Apesar de a cilindrada cair de 5,5 para 4,7 litros, a injeção direta e um turbo para cada bancada de cilindros (o anterior era aspirado) fizeram a potência subir de 388 para 435 cv e o torque, de 54 para 71,4 mkgf – e ainda com a vantagem de uma rotação bem inferior (a partir de 1 800 rpm em vez de 2 800 do anterior).

Trem-bala

Assim, o consumo médio homologado melhorou de 7,4 para 8,9 km/l, a velocidade máxima passou de 240 para 250 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h é de 5,4 segundos, quase 1 segundo mais rápido. Parte do ganho em desempenho deve-se também ao novo câmbio automático de sete marchas, com trocas mais rápidas, e à redução do peso total em cerca de 90 kg. No uso diário, a resposta do GL 500 chega a impressionar, considerando as enormes dimensões do SUV e também seu peso, que, apesar do regime, é de elevados 2 445 kg.

Já o comportamento em estrada é fora de série, mostrando-se muito confortável em pisos bons ou ruins (ou até péssimos), revelando ainda ótima estabilidade, seja enfrentando fortes ventos laterais, seja em altas velocidades e até com a transferência rápida de massas em curvas. A direção elétrica satisfaz sem brilhar, ao passo que os freios têm sensibilidade e resposta eficiente, agradecendo-se a possibilidade que o GL dá ao motorista de ajustar o nível de intervenção do ABS e do ESP, para melhorar sua condução em piso de cascalho, pedra ou superfície de pouca aderência. Já disponível na Europa, o novo GL 500 chega ao país no início de 2013, mas não espere conhecê-lo ao vivo na autorizada: por aqui o modelo só estará à venda sob encomenda – hoje ele custa no Brasil 250 000 dólares.

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VEREDICTO

Apesar do tamanho e peso, o GL oferece desempenho
de esportivo combinado com luxo de limousine e espaço de minivan, além da possibilidade de dar uma esticada em trechos de terra.

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