Aceleradinho, nosso Citroën C3 já parou para sua primeira revisão, aos 10.000 km. Escolhemos a Citroën Savol, de São Bernardo do Campo (SP), para esse primeiro serviço, que consiste de troca do óleo e do filtro de óleo do motor. Ao abrir a ordem de serviço, nosso carro estava incluído em apenas duas das quase 20 ações de campo (como chamam as correções necessárias em carros vendidos) já divulgadas aos concessionários para o Citroën C3: verificação da tampa do tanque de combustível e dos sensores traseiros do freio ABS.
Na tabela, é uma revisão barata, custa R$ 486. Mas ainda ofereceram serviços não preconizados no plano de manutenção da Citroën, como verniz para o motor que promete evitar ressecamento das partes plásticas e borrachas, aditivo de combustível, higienização do ar-condicionado e lavagem. Dispensamos, mas incluímos alinhamento e balanceamento das rodas (R$ 220) e a troca do filtro de ar-condicionado (R$ 100) elevando a conta para R$ 806.
Aproveitamos e deixamos registrada reclamação para os recorrentes travamentos da central multimídia tanto com smartphones com sistema Android Auto quanto Apple CarPlay. Disseram que passariam o scanner em busca de erros, sem sinalizar uma suposta atualização que vem sendo feita no aparelho de alguns carros.
O carro ficou pronto uma hora antes do previsto e, na entrega, falaram sobre as intervenções feitas a pedido da fábrica. A tampa do tanque de combustível recebeu uma borracha extra para vedação e o freio traseiro foi analisado e, de acordo com a oficina, está dentro da normalidade. Quanto à central multimídia, o que fizeram foi reiniciar o sistema e pediram para gravar quando os travamentos acontecerem para que seja enviado para a engenharia da fabricante. Não houve cobrança além do que já estava previsto na ordem de serviço.
Não lembramos quando foi a última vez que uma revisão havia sido executada corretamente em nossos carros. Óleo e filtro foram trocados, assim como o filtro do ar-condicionado, original e, por sinal, dividido em duas peças e ainda fabricado na Índia – que é o país de origem do projeto do C3. Até o rodízio dos pneus fizeram corretamente, para a nossa surpresa. Ponto para a Savol.
O editor de arte Fabio Black usou o Citroën C3 por alguns dias após a revisão e reforçou o coro de quem sente falta de mais apoios para o corpo. Além das queixas para o assento alto mesmo quando na altura mínima, que dificulta a movimentação das pernas, e para a falta de apoio lateral no encosto dos bancos, anotou uma crítica, no diário de bordo, para falta de apoio para o pé esquerdo. “Onde seria o ‘quarto pedal’ para deixar o pé, já está a caixa de roda revestida só com carpete. Os Fiat têm um apoio de plástico ali, que por vezes me vi procurando”, disse o editor.
Carros não são unanimidade e a direção leve e direta que já recebeu elogios não agradou tanto ao Black: “Como o ponto H é alto, acho que a direção um pouquinho mais lenta daria um comportamento de SUV”.
Citroën C3 – 10.542 km
Versão: | First Edition 1.0 |
Motor: | 3 cil., diant., transv., 999 cm3, 6V, aspirado, 75/71 cv a 6.000 rpm, 10,7/10 kgfm a 3.250 rpm |
Câmbio: | manual, 5 marchas, tração dianteira |
Seguro: | R$ 1.824 (Perfil Quatro Rodas) |
Revisões: |
Até 100.000 km – R$ 8.010 |
Gastos no mês: | Combustível: R$ R$ 1.433
Revisão: R$ 806 |
Consumo: | No mês: 11,2 km/l com 30,7% de rodagem na cidade Desde abril/23: 12,8 km/l com 29,8% de rodagem na cidade |
Combustível: | flex (gasolina) |