A JAC está cada vez mais brasileira. De tão aclimatada ao país, a marca até copiou dois costumes da nossa indústria automotiva: os motores bicombustíveis e as versões com apelo esportivo. Essas características aparecem no novo J3 S 1.5 flex, que ganhou a mesma reestilização do 1.4 a gasolina.
Destaque do hatch chinês, o motor 1.5 VVT faz bonito. Com tecnologias avançadas, incluindo comando das válvulas de admissão variável, ele entrega 127 cv no etanol – quase 20 cv a mais que o J3 1.4.
“Nossas pesquisas apontam que esse consumidor não aprecia ‘esportivos de enfeite’. Um carro de aparência esportiva precisa, necessariamente, ter desempenho compatível com sua proposta”, afirma o presidente da JAC Motors, Sergio Habib. É verdade que as respostas rápidas do motor casam com o câmbio bem-escalonado, exigindo pouco esforço do motorista para fazer o carro embalar. Porém a suspensão com foco no conforto faz o J3 inclinar demais nas curvas, comprometendo o prazer ao dirigir.
E se no motor o J3 S tem um toque mais esportivo, no visual a história é outra. O interior traz iluminação vermelha no lugar da azul, pedaleiras esportivas, soleiras nas portas e costuras vermelhas nos bancos, volante e câmbio. Por fora, faixas adesivas nas portas, rodas de liga leve e… só. Mesmo assim, num segmento carente de novidades, o J3 S surge como boa opção. Por R$ 39 990, ele é mais barato que o Fiat Palio Sporting 1.6 16V (R$ 43030) e que o Renault Sandero GT Line 1.6 8V (R$ 44 200).
VEREDICTO
Quem prioriza desempenho tem no J3 S uma boa opção. Mas, se procura apelo visual, melhor ficar com a concorrência.