Por Péricles Malheiros
12 247 km
A calmaria é a marca registrada do Corolla no Longa Duração. Tanto que, até o mês anterior, não havia um registro de problema sequer no quadro de principais ocorrências. Mas bastou o sedã sair da primeira revisão, aos 10 000 km, para surgirem algumas críticas.
A tela multimídia com baixo contraste foi criticada por vários usuários que se revezaram ao volante do Corolla. “Mesmo com o brilho ajustado no nível máximo, algumas vezes é difícil visualizar as informações no display de cristal líquido”, disse o diretor de redação Sérgio Gwercman, após uma viagem ao Rio de Janeiro. “Dependendo de como o brilho do sol entra na cabine, a tela, muito reflexiva, mais parece um espelho”, acrescenta o editor Péricles Malheiros.
Quando atingiu 10 000 km, o Corolla seguiu para a concessionária paulistana Sorana. O orçamento passado seguiu à risca o preço sugerido no site da Toyota: R$ 207. Procedimento padrão no Longa Duração, solicitamos os serviços de alinhamento de direção e balanceamento e rodízio de rodas, os quais a Sorana orçou em R$ 160.
Na hora de pagar a conta, grata surpresa: “Como o pagamento é em dinheiro, vou lhe dar um desconto de 10%. São R$ 330”, disse a moça do caixa. “A mão de obra da primeira revisão é por conta da Toyota. Por isso ela é tão barata”, explicou o consultor.
Liberado da revisão, o Corolla passou para as mãos do redator-chefe Zeca Chaves, que foi com a família (esposa e dois filhos adolescentes) para Brotas, no interior paulista, a 260 km da capital. “Quando vamos de Golf, juntamos a bagagem na garagem e organizamos o porta-malas como se fosse um quebra-cabeça. No Corolla, levamos mais malas do que o normal, colocamos tudo aleatoriamente e ainda sobrou muito espaço”, afirma Zeca.
Porém, depois de causar boa impressão, o Corolla derrapou. “Por duas vezes, parei no posto e completei o tanque, mas o indicador do nível de combustível não chegava à marca de três quartos. Só depois de algumas horas o mostrador voltava ao normal. O sistema um-toque das janelas dianteiras também falhou por um tempo breve. Quando a função era utilizada, o vidro logo se movimentava na direção contrária, como se o sistema anti-esmagamento tivesse detectado algum obstáculo”, diz Zeca.
Consumo
No mês: 8,7 km/l com 24,8% de rodagem na cidade
Desde mai/14: 8,1 km/l com 40,8% de rodagem na cidade
Combustível: etanol
Custos no mês
Combustível: R$ 975
Revisão: R$ 186
Alinhamento: R$ 144
Principais ocorrências
12 215 – Marcador de combustível não registra tanque cheio
12 247 – Sistema antiesmagamento dos vidros ativado indevidamente