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Civic EXL 2.0 x Corolla Altis 2.0 x Cruze LTZ 1.4 Turbo

Os sedãs líderes de vendas no país se enfrentam. Quem levou a melhor?

Por Paulo Campo Grande
Atualizado em 3 mar 2017, 21h22 - Publicado em 20 out 2016, 20h12
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    De janeiro a dezembro de 2016, o mercado de sedãs médios foi dominado pelo Toyota Corolla. Segundo a Fenabrave, a Toyota vendeu 64.738 unidades desse modelo, ficando com quase metade do segmento, no periodo (44,20 %, mais precisamente). A outra metade ficou espalhada entre Honda Civic, no segundo lugar com 20.857 unidades; Chevrolet Cruze, em terceiro com 12.064 unidades e mais uma dúzia de outros sedãs, com frações menores.

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    Até hoje, os rivais não foram páreo para o Corolla. Mas, a partir de agora, a disputa não será mais uma barbada porque os principais concorrentes do Corolla chegaram ao mercado inteiramente renovados.

    O Corolla foi lançado em 2014. Ele está na 11ª geração, devendo passar por uma reestilização na linha 2018. O Cruze, que chegou à segunda geração, estreou em junho deste ano. E o Civic, na décima geração, começou a ser vendido em outubro.

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    O Corolla entra na versão topo de linha 2.0 Altis. O Civic participa com a EXL 2.0. E o Cruze é o 1.4 Turbo LTZ. Todos vendidos na faixa de preço entre R$ 105.000 e R$ 115.000 e equipados com recursos como ar-condicionado automático, central multimídia, cintos de segurança de três pontos para todos ocupantes, pelo menos seis airbags, piloto automático e volante multifuncional entre os itens de série.

    Antes de apostar suas fichas em um deles, veja como os sedãs se saíram em nossa avaliação.

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    3º Toyota Corolla 2.0 Altis

    Toyota Corolla 2.0 Altis - 1

    Não faz tanto tempo que o Corolla foi lançado. A atual geração chegou em 2014. Mas juntando certo conservadorismo da Toyota (na época), com certa ousadia da Honda e da GM (agora), o Corolla parece ter o dobro da idade. Visto por fora, ele não é velho. Mas, os rivais são mais modernos. Por dentro, sim, o Corolla já nasceu démodé. Essa, porém,não é a razão dele estar em terceiro lugar neste comparativo.

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    Toyota Corolla 2.0 Altis - 2

    O principal sinal de desatualização do Toyota vem da ausência de recursos tecnológicos. Ao Corolla falta controle eletrônico de estabilidade (ESP), um sistema elementar para o segmento (que deveria ser obrigatório em todos os carros).

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    Além disso, ele não tem sensor de estacionamento, sensor de chuva e assistente de partida em rampa e passa longe de dispositivos mais sofisticados como os alertas de colisão, de pontos cegos e de mudança involuntária de faixa, presentes no Cruze.

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    A central multimídia do Corolla é a dona da menor tela entre as três avaliadas e não tem compatibilidade com os sistemas Android Auto e Apple Car Play como as outras. Se o Corolla custasse mais barato que os concorrentes, seria injusto reclamar. Mas não é o caso.

    Toyota Corolla 2.0 Altis - 3

    Toyota Corolla Altis 2.0

    No que diz respeito ao espaço interno, o Toyota empata com o Cruze mas fica em desvantagem em relação ao Civic. E na pista de testes, seu desempenho foi apenas mediano, saindo-se mal nas frenagens.

    Toyota Corolla Altis 2.0

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    Mas o Corolla não se tornou líder sem razão. Ele é um carro equilibrado, bom de guiar e confortável. E, além disso tem fama de carro que não quebra e de bom atendimento de pós-venda. Mas ele precisa oferecer mais se quiser continuar à frente.

    Teste de pista (com gasolina)
    Aceleração de 0 a 100 km/h 10,2 s
    Aceleração de 0 a 1.000 m 31,5 s – 167,5 km/h
    Retomada de 40 a 80 km/h (em D) 4,2 s
    Retomada de 60 a 100 km/h (em D) 5,5 s
    Retomada de 80 a 120 km/h (em D) 7 s
    Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0 17,1 / 30,2 / 69,6 m
    Consumo urbano 11,5 km/l
    Consumo rodoviário 15,6 km/l
    Ficha técnica
    Motor flex, diant., transv., 4 cil., 1.986 cm3, 16V, 12:1; 154/143 cv a 5.800/5.600 rpm, 20,3/19,4 mkgf a 4.800/4.000 rpm
    Câmbio automático, CVT, tração dianteira
    Suspensão McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
    Freios disco ventilado (diant.) / sólido (tras.)
    Direção elétrica, 10,2 m (diâm. giro)
    Rodas e pneus liga leve, 205/55 R16
    Dimensões comprimento, 462 cm; altura, 147,5 cm; largura, 177,5 cm; entre- eixos, 270 cm; peso, 1.320 kg; tanque, 60 l; porta-malas, 470 l
    Equipamentos de série ar-condicionado, faróis de led, central multimídia 6,1, câmera de ré, 7 airbags, piloto automático, trio elétrico, luzes de posição e cintos de três pontos para todos os ocupantes
    Preço R$ 110.990

     

    2º Honda Civic EXL 2.0

    Honda Civic EXL 2.0

    Ao primeiro olhar, o Civic exibe um design que é, sem dúvida, moderno, quase futurista, mas que requer um tempo para ser decifrado. Às vezes, ele é esportivo; outras, parece recortado demais.

    Honda Civic EXL 2.0 - 2

    Seu interior é mais harmonioso. E, por isso, a gente se sente bem logo de cara na cabine. Além do conforto visual, porém, o Civic também proporciona conforto físico aos ocupantes, porque, ele ficou maior tanto por fora, quanto por dentro, incluindo o porta-malas. E é nesse aspecto que ele se destaca em relação aos rivais.

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    Honda Civic EXL 2.0 - 3

    Honda Civic EXL 2.0

    Nas seis medidas internas analisadas (distância para ombros, pernas e cabeça, nas duas filas de bancos), o Civic supera os demais em quatro, segundo as medições das fábricas. E seu porta-malas também é maior. São 519 litros de capacidade contra 470 litros, do Corolla, e 440 litros, do Cruze.

    Honda Civic EXL 2.0

    No que diz respeito aos equipamentos, o Civic não é tão bem servido quanto o Cruze. Embora traga recursos interessantes, como direção elétrica com relação variável, suspensão traseira multi link, repetidores led, ar-condicionado dual-zone, painel de instrumentos com tela TFT, sistema defreio de estacionamento elétrico com função automática Brake Hold e sistema de vetorização de torque AHA (que ajuda a contornar as curvas).

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    O motor 2.0 já equipava o Civic antigo. Na pista, seu melhor rendimento foi apenas nas medições de consumo urbano, com a média de 12,6 km/l degasolina. E o Civic ainda foi bem nas frenagens.

    Pelo conjunto da obra, diante dos rivais, o Civic merece ficar em segundo, neste comparativo.

    Teste de pista (com gasolina)
    Aceleração de 0 a 100 km/h 10,5 s
    Aceleração de 0 a 1.000 m 31,5 s – 171 km/h
    Retomada de 40 a 80 km/h (em D) 4,8 s
    Retomada de 60 a 100 km/h (em D) 5,6 s
    Retomada de 80 a 120 km/h (em D) 7 s
    Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0 15,1 / 26,1 / 61,8 m
    Consumo urbano 12,6 km/l
    Consumo rodoviário 15,4 km/l
    Ficha técnica
    Motor flex, diant., transv., 4 cil., 1.997 cm3, 16V, 11:1; 155/150 cv a 6.300 rpm, 19,5/19,3 mkgf a 4.800/4.700 rpm
    Câmbio automático, CVT, tração dianteira
    Suspensão McPherson (diant.) / multlink (tras.)
    Freios disco sólido (diant.) / sólido (tras.)
    Direção elétrica, 11,2 m (diâm. giro)
    Rodas e pneus liga leve, 215/50 R17
    Dimensões comprimento, 463,7 cm; altura, 143,3 cm; largura, 180 cm; entre- eixos, 270 cm; peso, 1.291 kg; tanque, 56 l; porta-malas, 519 l
    Equipamentos de série ar-condicionado sual zone, Brake Hold, ESP, HSA, AHA, central multimídia 7″, 6 airbags, luzes de posição, latrenas led, câmera de ré e piloto automático
    Preço R$ 105.900

     

    1º Chevrolet Cruze 1.4 Turbo LTZ

    Cruze turbo

    O Cruze tem como ponto forte a relação custo benefício. Na versão top de linha LTZ, desde o pacote mais simples (R7E), ele conta com sensor deestacionamento dianteiro e traseiro, faróis automáticos adaptativos, retrovisores elétricos aquecidos, sensor de pressão nos pneus e sistema OnStar, entre os recursos exclusivos, ou seja, que não estão disponíveis nos rivais nem opcionalmente.

    Na configuração completa (R7F), que custa R$ 111.890, a GM acrescenta sensor de aproximação do veículo à frente, sistema de estacionamento automático, alerta de pontos cegos, alerta demudança involuntária de faixa, sensor de chuva, sistema start/stop e sistema de partida remota, entre outros itens. Mas o Cruze não é só isso.

    Chevrolet Cruze 1.4 Turbo LTZ -2

    O motor 1.4 Turbo com injeção direta é o que mais gera torque do comparativo, entregando essa força (e potência) em rotações mais baixas. Graças a ele, o Cruze apresentou o melhor rendimento, na pista te detes, superando os demais nas provas de desempenho e nas medições deconsumo rodoviário.

    No comportamento, o Chevrolet também se revelou bem resolvido, alcançando o melhor compromisso conforto/dirigibilidade, apesarde não contar com a suspensão multilink traseira do Honda.

    Chevrolet Cruze 1.4 Turbo LTZ -3

    Chevrolet Cruze LTZ 1.4 Turbo

    No design, o Cruze é mais previsível que o do Civic, mas em compensação, mais equilibrado. Por dentro, ao contrário, a impressão não é tão positiva. Há frisos, cores e texturas em excesso. Em alguns lugares os frisos cromados, à luz do dia, se iluminam, à noite (na cor azul claro).

    Chevrolet Cruze LTZ 1.4 Turbo

    O visual poderia ser mais limpo. Mas isso não impediu o Cruze de vencer o comparativo, mesmo após o recente aumento que o deixou quase R$ 4 mil mais caro que o Civic EXL.

    Teste de pista (com gasolina)
    Aceleração de 0 a 100 km/h 9 s
    Aceleração de 0 a 1.000 m 30,1 s – 178 km/h
    Retomada de 40 a 80 km/h (em D) 3,8 s
    Retomada de 60 a 100 km/h (em D) 4,9 s
    Retomada de 80 a 120 km/h (em D) 6 s
    Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0 14,7 / 26,7 / 64,1 m
    Consumo urbano 11,8 km/l
    Consumo rodoviário 15,9 km/l
    Ficha técnica
    Motor flex, diant., transv., 4 cil., 1.399 cm3, 16V, turbo, injeção direta, 153/150 cv a 5.200/5.600 rpm, 24,5/24 mkgf a 2.000/2.100 rpm
    Câmbio automático, 6 marchas, tração dianteira
    Suspensão McPherson (diant.) / eixo de torção (tras.)
    Freios disco ventilado (diant.) / sólidos (tras.)
    Direção elétrica, 10,2 m (diâm. giro)
    Rodas e pneus liga leve, 215/50 R17
    Dimensões comprimento, 466,5 cm; altura, 148,4 cm; largura, 180,7 cm; entre- eixos, 270 cm; peso, 1.321 kg; tanque, 52 l; porta-malas, 440 l
    Equipamentos de série alerta de colisão, alerta de ponto cego, sensor de estacionamento, partida remota, assist. de mudança de faixa, central multimídia 8″, ESP e OnStar
    Preço R$ 111.890

     

    AVALIAÇÃO DO EDITOR

    Motor e Câmbio – O Cruze fez a diferença na pista. E o Honda foi mais econômico no ciclo urbano.

    Dirigibilidade – Os três sedãs apresentam comportamento exemplar.

    Segurança – O Cruze vem recheado de equipamentos, enquanto o Civic traz recursos importantes e o Corolla fica devendo.

    Seu bolso – Na relação custo/benefício, o Chevrolet é a melhor opção, seguido do Honda e do Toyota.

    Conteúdo – O Cruze traz diversos itens exclusivos.

    Vida a bordo – Os sedãs são confortáveis. O painel do Corolla é antiquado, enquanto o do Cruze é exagerado e o do Civic, equilibrado.

    Qualidade – Os três se equivalem na boa qualidade de construção e de materiais.

     

    VEREDICTO QUATRO RODAS

    O Cruze se saiu melhor na comparação porque superou os rivais com folga. ao Civic faltou um pouco mais de conteúdo. E o Corolla se mostrou em desvantagem.

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