Quando as primeiras notícias sobre a Série 4 começaram a circular, ainda na fase em que essa família era segredo de fábrica, havia a impressão de que a BMW estava apenas reorganizando sua linha, adotando os nomes da Série 2 para as versões cupê e conversível da Série 1 e os da Série 4 para os mesmos derivados da Série 3. Agora vê-se que não é bem assim. As novas Séries 2 e 4 são famílias inteiras de veículos. A 2 com versões cupê, conversível, Active Tourer e GranTourer. E a 4 não parou só na cupê. Já tem um GranCoupé e está ganhando a Cabriolet, que chega ao mercado brasileiro na versão 420i, ao preço de R$ 215 950.
Com essa estratégia, a BMW aumentou seu catálogo oferecendo alternativas capazes de atender a desejos mais específicos para tipos diferentes de consumidor. O 420i é um carro feito sob medida para aqueles que consideram espaço e conforto a bordo coisas mais importantes que desempenho esportivo.
Conversível de quatro lugares, o 420i é bem diferente de um Z4, por exemplo, que foi projetado para o motorista e no máximo um acompanhante. O espaço traseiro do 420i não é dos maiores, mas acomoda dois adultos com conforto. O acesso à traseira é facilitado pelo deslizamento elétrico dos bancos dianteiros – que depois retornam à posição original. E não faltam recursos, como portacopos entre os assentos e saídas de ar-condicionado com ajuste independente de temperatura para os que viajam na parte de trás da cabine.
Outra particularidade do carro está no comportamento dinâmico. Apesar de ser um BMW e ter esportividade no sangue, pisar fundo não é prioridade a bordo do 420i, feito para aqueles que preferem contemplar a paisagem enquanto dirigem.
Na pista de testes, o conversível acelerou de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos, o que é uma marca compatível com seu motor 2.0 turbo de 184 cv. Mas longe de empolgar. A dirigibilidade tem duas formas de ser analisada. Com a capota fechada, o 420i se comporta como um cupê, estável e obediente. Com a capota aberta, a carroceria perde rigidez e o carro deixa de ser tão equilibrado.
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Esse é o preço que se paga pelo prazer de dirigir com os cabelos ao vento ou contemplando as estrelas – além de não poder preencher o porta- malas, que tem a capacidade reduzida de 370 para 220 litros, quando o teto está recolhido. Abrir e fechar a capota do 420i leva 25 segundos.
O acabamento é bem-cuidado e de bom gosto, com plástico de duas cores e frisos que se reproduzem no console e nas portas. Os bancos são de material que imita couro e o pacote de itens de série inclui faróis bixenônio, tapetes de veludo, sistema de som Harman Kardon e central multimídia com serviços de concierge, informações de trânsito em tempo real, chamadas de emergência e disco rígido de 20 gigabytes para armazenar a trilha sonora da viagem.
VEREDICTO
É um conversível de luxo confortável, mas para quem está mais interessado em contemplar a paisagem do que dirigir com pressa.
Motor | gasolina, longit., 4 cil., 16V, |
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Cilindrada | 1 997 cm³, turbo, injeção direta |
Potência | 184 cv a 5 000 rpm |
Torque | 27,5 mkgf entre 1 250 e 4 500 rpm |
Câmbio | aut. seq., 8 m., traseiro |
Dimensões | compr., 463,8 cm; alt., 138,4 cm; larg., 182,5 cm; entre-eixos, 281 cm; |
Peso | 1 750 kg |
Porta-malas/caçamba | 370/220 l |
Tanque | 60 l |
Suspensão dianteira | independente, braços duplos |
Suspensão traseira | multilink |
Freios | discos venti l. nas 4 rodas |
Pneus | liga leve, 255/45 R18 |
Equipamentos | pacote Efficient Dynamics, tapetes de veludo, faróis bixenônio, ConnectedDrive e, Driving Experience (Eco-Pro). |
Consumo urbano | 9,7 km/l |
Consumo rodoviário | 13,7 km/l |
0 a 100 km/h | 8,4 s |
0 a 1000 m | 29,5 s – 180,4 km/h |
Retomada 40 a 80 em 3ª (ou D) | 3,8 s |
Retomada 60 a 100 em 4ª (ou D) | 5 s |
Retomada 80 a 120 em 5ª (ou D) | 6,1 s |
Velocidade máxima | 230 km/h |
Frenagem | 14,5/25,9/60,1 m |