O próximo lançamento importado da Hyundai já está definido. Após o Palisade e o Ioniq 5, será a vez do Kona retornar ao Brasil, desta vez na nova geração, que foi lançada internacionalmente em dezembro de 2022. O lançamento poderá acontecer já no 1º trimestre de 2025.
A segunda geração do SUV compacto virá com a proposta de ser uma opção acima do o Creta, que será reestilizado em breve; e do Tucson, que voltará a ser produzido em Anápolis (GO), ainda na terceira geração (enquanto no resto do mundo está na quarta geração).
Para cumprir essa missão, o Hyundai Kona poderá ser importado nas versões híbrida e elétrica – que chegaram a ser vendidas no Brasil na geração anterior -, como também na variante com motor a combustão.
O Kona é considerado uma aposta importante para a Hyundai neste momento de reconstrução da sua oferta de carros importados. O SUC tem feito muito sucesso nos demais países da América Latina e, por isso, consideram importar o carro até na versão com motor a gasolina sem eletrificação.
Design futurista
A Hyundai gosta de manter diferentes identidades visuais e uma delas é a que foi adotada por Azera, Sonata e Stargazer. É bem minimalista em comparação ao estilo do Palisade ou do novo Creta. Ainda tem o esquema de faróis divididos, posicionado a iluminação diurna em uma linha bem fina logo abaixo do capô.
Seus faróis principais estão posicionados dentro de um trapézio nas bordas do para-choque e com quatro projetores. As versões a combustão têm a grade na parte inferior, enquanto a elétrica coloca uma barra fechando metade da entrada de ar.
Repete este estilo na traseira, com uma linha continua na tampa do porta-malas e as lanternas no para-choque, usando o mesmo desenho que na frente. É bem diferente do desenho mais intricado e cheio de elementos da geração passada.
Se o lado de fora parece uma nave espacial, o interior tem um estilo retrofuturista. As duas telas para o quadro de instrumentos e a central multimídia, cada uma medindo 12,3”, dão um ar mais moderno, enquanto os botões físicos para algumas funções e o ar-condicionado lembra carros da década 1990.
Porte de Creta
O Kona abandonou a plataforma compartilhada com o i30 para adotar a arquitetura Hyundai-Kia K3 usada também pelo Kia Niro. Foi feita para trabalhar com um centro de gravidade mais baixo, melhorando a dirigibilidade.
Isto mexeu um pouco nas medidas. Cresceu 14 centímetros, para que o comprimento atingisse os 4,35 m, apenas 5 cm mais do que o Creta. Quase metade foi para o entre-eixos de 2,66 m, que cresceu 6 cm. Além de melhorar o espaço interno, o porta-malas agora tem capacidade para 406 litros, 45 l a mais.
Motores para todos os gostos
O que não falta são opções de motorização. Para quem ainda não quer um carro eletrificado, o Hyundai Kona é vendido com um 1.0 turbo de 120 cv, um 1.6 turbo de 198 cv e um 2.0 aspirado de 149 cv. A transmissão pode ser a manual de seis marchas, automatizada de dupla embreagem e sete marchas ou automática de oito marchas.
Claro que o destaque é para as versões com algum tipo de eletrificação. O Kona híbrido tem um sistema HEV (sem a necessidade de plugar em uma tomada para recarregar) que combina um 1.6 aspirado com um motor elétrico, alcançando uma potência combinada de 141 cv.
Já a variante elétrica é vendida em quatro configurações, com potências entre 135 cv e 218 cv. A bateria pode ser de 48,6 kwh, que entrega uma autonomia de 377 km; ou de 64,8 kWh, elevando o alcance para 490 km.
A nova arquitetura permitiu que adotasse um sistema elétrico de 400V. Não é tão rapido na recarga quanto o Ioniq 5 e sua arquitetura de 800V, mas é o suficiente para que faça uma recarga de 10% a 80% em 41 minutos.
Quanto vai custar?
Importado da Coreia do Sul, o Kona não será exatamente barato. Embora tenha um tamanho semelhante ao Creta, a Hyundai deve posicioná-lo mais acima, como um carro mais completo e uma mecânica diferente.
O Kona da geração anterior foi vendido por R$ 169.990 na versão híbrida e R$ 189.990 na variante elétrica. Porém, já estava desatualizado e era posicionado como uma opção mais acessível no mercado global. E, agora que os híbridos e elétricos estão pagando imposto de importação novamente, a Hyundai deve elevar o preço final.
Não seria uma surpresa ver o Kona Hybrid ter um preço próximo dos R$ 215.000, enquanto a versão elétrica ficaria acima disso. Ainda custaria muito menos do que o Ioniq 5, que está em pré-venda por R$ 394.990.